Pois é 2007 está a preparar-se para saudar-nos depois do último acto como um actor velho e com ele alinham-se um a um os momentos bons, as conquistas e os sonhos mas também as mágoas as desilusoes e as dores,houve momentos bons , momentos em que convívi com vocês, momentos de sorrisos e alegrias e momentos mesmo que tristes em que ombro com ombro ousamos tentar suportar o próprio mundo. Houve momentos em que o futuro deixou de ter sentido e a dor foi mais forte do que nunca . Momentos em que andei meio perdido e encontrei-me nos vossos sorrisos, nos vossos olhares, nas vossas lutas. Houve um certo beijo que ano após ano fica por dar, mas também existiram instantes maravilhosos de conversas ternas e eternas, paisagens únicas, emoções fortes, pessoas especiais. Por tudo isso... Desejo-vos que todas as coisas boas de 2007 se renovem em 2008 e que se concretizem velhos e novos sonhos. mas também que encontremos algum sentido para as coisas más.. como pedaços da corrent e da vida. sobretudo espero que possamos continuar a suportar-nos ombro a ombro como muralhas e possamos ter muitas razões para sorrir e sonhar. bom ano . gosto muito de vocês
Acerca de mim
- milhafre
- Quem sou eu...... as vezes queria ser apenas um escolho atirado aos ventos. outras a minha faceta de louco faz-me querer enveredar por caminhos que desconheço e espanto-me a mim próprio. diria que sou alguém que aspira a ser simples e a quem o corre corre dos dias parece estrangular as vezes deixando as palavras e os sonhos amordaçados na garganta. se um dia me for espero ser lembrado como um bom amigo .
segunda-feira, dezembro 31, 2007
terça-feira, dezembro 25, 2007
boas festas
No natal acendem-se os sorrisos elevam-se os sonhos, os abraços tornam-se mais fortes e as mãos mais doces.
No natal voltamos ao tempo de meninos e a esperança volta a iluminar os nossos olhos.
No natal a dadiva é palavra... o aconchego é grito e a felicidade é uma promessa.
No natal é tempo de dizermos áqueles de quem gostamos que eles nos iluminam o mundo e que a amizade é muito mais que uma palavra.
Por tudo isto. Ficam os meus votos de boas festas.
ps.. foto da peça a arte de amar, de ovidio pelo te-ato de Leiria.. apeteceu-me coloca-la... pelos sonhos que inspira
quarta-feira, dezembro 12, 2007
E se
eu hoje fosse mero escolho???
se os meus olhos se convertessem em rios???
se me eclipsasse por um momento como vapor de água???
se os meus pés se convertessem em terra???
se o meu corpo se tranformasse em areia e se atirasse aos ventos???
se o meu coração voasse de repente como se fosse pássaro e não precisasse de ter ninho???
e se eu pudesse dar-me aos meus amigos pedaço a pedaço, do mesmo modo como dou a amizade e o coração...
será que me derramava gota a gota.. até à ultima gota...
...até ao ultimo sopro....
... que aconteceria depois??
que haveria depois...???
talvez nada...
talvez só...
poesia
se os meus olhos se convertessem em rios???
se me eclipsasse por um momento como vapor de água???
se os meus pés se convertessem em terra???
se o meu corpo se tranformasse em areia e se atirasse aos ventos???
se o meu coração voasse de repente como se fosse pássaro e não precisasse de ter ninho???
e se eu pudesse dar-me aos meus amigos pedaço a pedaço, do mesmo modo como dou a amizade e o coração...
será que me derramava gota a gota.. até à ultima gota...
...até ao ultimo sopro....
... que aconteceria depois??
que haveria depois...???
talvez nada...
talvez só...
poesia
sábado, dezembro 01, 2007
Suave
Suave...
Flocos de neve numa manhã de inverno.
O canto de uma cotovia a saudar o dia.
O movimento de um girassol em busca da luz.
Suave...
Uma manta de veludo que enrodilhamos nos dedos.
Um fim de tarde em que se saboreia o lusco fusco sem medo do tempo.
O sabor do chocolate pedaço a pedaço.
Suave...
O sorrir das crianças e a forma como ele nos ilumina.
Uma luz acesa que nos indica o caminho
andar pela rua docemente passo a passo.
Suave...
Os braços do meu avó quando em pequenino...
me deixava adormecer neles e me falava de áfrica.
Aquela paisagem e o sol a desaparecer nas cores da selva.
Suave....
Um cantar de uma mãe a embalar o filho...
será fado, será canto....
haverá expressão de amor maior...
Suave...
Os teus passos no palco gesto a gesto.
Ou simplesmente.... A tua mão...
uns segundos na minha quando danças-te ..
suave...
Como se não houvesse tempo.
só ...sonhos suaves . .. só ... esse sorriso
segunda-feira, novembro 26, 2007
A vida ...
Há um poema de Drummond de Andrade, que mexeu comigo pela simplicidade das palavras e pela infinitude da mensagem, chama-se mãos dadas e quero partilha-lo com vocés.
Decidi acompanha-lo com uma foto linda, que por si só ja dá que pensar
Decidi acompanha-lo com uma foto linda, que por si só ja dá que pensar
Mãos Dadas
"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente."
Carlos Drummond de Andrade..
Porque o que importa é viver intensamente,
dadiva por dadiva,
carinho por carinho,
sorriso por sorriso,
luz pela luz..
fugir às prisões do passado ..
e às angustias do futuro..viver o beijo pelo beijo...
acima de tudo...
saborear o momento e ser ...
FELIZ
sexta-feira, novembro 16, 2007
Norman Mailer
Procurava na net... nesta mania que temos em tomar a net muitas vezes portal de busca de informação, coisa que anteriormente faziamos nos livros, mais informações sobre Norman Mailer, escritor norte-americano falecido a 10/11/2007, não tanto para saber mais da sua obra mas porque fiquei curioso por ter ouvido um comentário acerca da sua vertente cívica..
De entre as várias informações que recolhi enconteri a que se se segue a baixo, com o título "Norman Mailer: exemplo do engajamento de intelectuais no fortalecimento da sociedade civil" e publicada a no site a voz do cidadão(http://www.avozdocidadao.com.br/) a 13 de Novembro de 2007.
Porque me pareceu que o texto satisfez em grande parte a minha curiosidade decidi posta-lo aqui, em homenagem ao escritor, ao homem e ao cidadão.
"Sábado passado, dia 10, faleceu em Nova York, um dos maiores intérpretes da cultura americana dos anos 60 para cá. Norman Mailer, jornalista e escritor polêmico, foi decisivo na construção da consciência política da sociedade civil norte-americana na segunda metade do século XX, através de reportagens, biografias, ensaios e romances sempre polêmicos.
Nascido em 1923, Norman Mailer conquistou fama internacional já a partir de 1948, com 25 anos, quando seu livro de estréia Os Nus e os Mortos, baseado em suas próprias experiências vividas na Segunda Guerra Mundial, foi um best seller bastante elogiado pela crítica. O Prêmio Pulitzer de jornalismo foi para Mailer duas vezes: em 1968 com Os Exércitos da Noite e em 1979 com A Canção do Carrasco sobre um condenado à morte, Gary Gillmore.
Foram os ensaios sobre seu país que fizeram de Mailer uma figura relevante na sociedade americana. Em 1955, fundou o jornal alternativo The Village Voice, que acabou sendo um dos difusores da revolução contracultural dos anos seguintes. Mailer sempre foi um intelectual engajado e um intérprete original das convulsões e mudanças da vida americana. Sua “não-ficção criativa”, também conhecida como Novo Jornalismo, chamou atenção para temas e personagens fundamentais para os Estados Unidos da época, como os hippies, os ativistas, os intelectuais e artistas engajados, a esquerda liberal e seu antagonismo com o “complexo militar-industrial” da estatocracia americana.
Em 1973, mais polêmica e um grande sucesso de vendas, com o lançamento de uma biografia de Marilyn Monroe onde Mailer acusava o FBI e a CIA de causaram a morte da atriz por condenarem seu suposto romance com o senador Robert Kennedy.
Norman Mailer chamou para si - como poucos - a responsabilidade que um intelectual tem de discutir, compreender e debater a cultura de seu país. Principalmente na sua face política, que vai determinar o quanto uma sociedade está madura para a plena cidadania, para o exercício do controle social sobre governos e mandatos e para o estabelecimento de um novo pacto para a construção de um país mais justo e digno.
Aos 84 anos, morreu um autor que ajudou a cultura americana e encarar suas contradições e fraquezas. Um exemplo de cidadania para todo o mundo. "
De entre as várias informações que recolhi enconteri a que se se segue a baixo, com o título "Norman Mailer: exemplo do engajamento de intelectuais no fortalecimento da sociedade civil" e publicada a no site a voz do cidadão(http://www.avozdocidadao.com.br/) a 13 de Novembro de 2007.
Porque me pareceu que o texto satisfez em grande parte a minha curiosidade decidi posta-lo aqui, em homenagem ao escritor, ao homem e ao cidadão.
"Sábado passado, dia 10, faleceu em Nova York, um dos maiores intérpretes da cultura americana dos anos 60 para cá. Norman Mailer, jornalista e escritor polêmico, foi decisivo na construção da consciência política da sociedade civil norte-americana na segunda metade do século XX, através de reportagens, biografias, ensaios e romances sempre polêmicos.
Nascido em 1923, Norman Mailer conquistou fama internacional já a partir de 1948, com 25 anos, quando seu livro de estréia Os Nus e os Mortos, baseado em suas próprias experiências vividas na Segunda Guerra Mundial, foi um best seller bastante elogiado pela crítica. O Prêmio Pulitzer de jornalismo foi para Mailer duas vezes: em 1968 com Os Exércitos da Noite e em 1979 com A Canção do Carrasco sobre um condenado à morte, Gary Gillmore.
Foram os ensaios sobre seu país que fizeram de Mailer uma figura relevante na sociedade americana. Em 1955, fundou o jornal alternativo The Village Voice, que acabou sendo um dos difusores da revolução contracultural dos anos seguintes. Mailer sempre foi um intelectual engajado e um intérprete original das convulsões e mudanças da vida americana. Sua “não-ficção criativa”, também conhecida como Novo Jornalismo, chamou atenção para temas e personagens fundamentais para os Estados Unidos da época, como os hippies, os ativistas, os intelectuais e artistas engajados, a esquerda liberal e seu antagonismo com o “complexo militar-industrial” da estatocracia americana.
Em 1973, mais polêmica e um grande sucesso de vendas, com o lançamento de uma biografia de Marilyn Monroe onde Mailer acusava o FBI e a CIA de causaram a morte da atriz por condenarem seu suposto romance com o senador Robert Kennedy.
Norman Mailer chamou para si - como poucos - a responsabilidade que um intelectual tem de discutir, compreender e debater a cultura de seu país. Principalmente na sua face política, que vai determinar o quanto uma sociedade está madura para a plena cidadania, para o exercício do controle social sobre governos e mandatos e para o estabelecimento de um novo pacto para a construção de um país mais justo e digno.
Aos 84 anos, morreu um autor que ajudou a cultura americana e encarar suas contradições e fraquezas. Um exemplo de cidadania para todo o mundo. "
segunda-feira, novembro 12, 2007
Beleza?
"as coisas mais lindas da vida não podem ser vistas nem tocadas mas sim sentidas pelo coração"
Um comentário que deixaram no meu hi5.
Porque me fez pensar
Um comentário que deixaram no meu hi5.
Porque me fez pensar
sábado, novembro 03, 2007
Será verdade????
«O amor,admito-o com um suspiro, é muito mais forte que a literatura, porém o amor na literatura é bem mais belo que na própria vida. Ao menos de vez em quando permite iludirmo-nos.»
Elke Heidenreich
Amigo
Porque a Silvia me deu este rebuçado no blog dela e de repente apeteceu-me partilha-lo convosco.
porque a mensagem faz todo sentido sobretudo para alguem como eu que voa ao sopro do vento.
porque adorei a oferta da silvia, que aliás já me tinha dado o prémio visitante que não postei por simplesmente achar que sou demasiado pequeno para tal honra, mas a que faço referencia aqui porque ela vai gostar.
Porque é bom ser vosso amigo
sexta-feira, novembro 02, 2007
PASSAS???
(...)
Passa uma rapariga...
Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e
morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como
se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me".
E essa rapariga só precisa de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.
Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar,
que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que
nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no
momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que
se fotografou (...).
por Miguel Esteves Cardoso
Porque o amor liberta e recria... molda e constroi, edifica e une...
porque amar é bom... quase tão essencial como respirar...
porque amando sonhamos ser aves e não tememos o firmamento.
porque ...mereço....
porque ...mereces...
porque... me apetece.
Luta...
vida fora por aquela rapariga ou rapaz que passou.. naquele segundo em que o sonho foi real e os teus pés perderam o contacto com o firmamento...
aquele instante em que toda a vida valeu a pena, naquele momento em que a presença dela ou dele, ainda que efemera iluminou o teu mundo com o seu sorriso..
luta...
porque se calhar nesses segundos... nesse acaso especial está a raiz de toda a vida...
...mas mesmo que não consigas...
mesmo que não triunfes...
mesmo que não controles o tempo e o sonho, mesmo que não venças o adeus...
não temas ....
existem outros sorrisos, outras fotos,outras raparigas ou rapazes mortinhos por ser encontrados...
mortinhos para sonharem na luz dos teus braços...
até porque como dizia a minha bizavó
"toda a panela tem o seu testo" :-)
BOM FIM DE SEMANA
Passa uma rapariga...
Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e
morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como
se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me".
E essa rapariga só precisa de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.
Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar,
que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que
nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no
momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que
se fotografou (...).
por Miguel Esteves Cardoso
Porque o amor liberta e recria... molda e constroi, edifica e une...
porque amar é bom... quase tão essencial como respirar...
porque amando sonhamos ser aves e não tememos o firmamento.
porque ...mereço....
porque ...mereces...
porque... me apetece.
Luta...
vida fora por aquela rapariga ou rapaz que passou.. naquele segundo em que o sonho foi real e os teus pés perderam o contacto com o firmamento...
aquele instante em que toda a vida valeu a pena, naquele momento em que a presença dela ou dele, ainda que efemera iluminou o teu mundo com o seu sorriso..
luta...
porque se calhar nesses segundos... nesse acaso especial está a raiz de toda a vida...
...mas mesmo que não consigas...
mesmo que não triunfes...
mesmo que não controles o tempo e o sonho, mesmo que não venças o adeus...
não temas ....
existem outros sorrisos, outras fotos,outras raparigas ou rapazes mortinhos por ser encontrados...
mortinhos para sonharem na luz dos teus braços...
até porque como dizia a minha bizavó
"toda a panela tem o seu testo" :-)
BOM FIM DE SEMANA
sexta-feira, outubro 26, 2007
Dois anos 26-10-2005 a 26-10-2007
Dois anos... 173 posts, milhares de partilhas, milhares de entregas... uma luta talvez não assumida, mas sentida, para nos prendermos neste lusco fusco que é a vida e nos atrevermos a sonhar o infinito.
Foram tempos bons e menos bons, mas mesmo nos menos bons este espaço foi graças a voces que me leem conforto para as minhas asas feridas,.
Já nos bons... voces, a partilha que fizemos, foram o céu em que planei sem medos.
Por várias ocasiões assumi o fim da poesia, o fim do canto... o fim do sonho... e de facto o sonho acabou nessas vezes, mas mesmo aí dor que a vida trouxe soube ser sarada pelo vosso brilho e converteu-se num marco, as vezes num legado, e apesar de continuar a dilacerar o peito e a alma é um legado, algo especial que vou superar.
Impõe-se pois o regresso à poesia...
porque existem sempre palavras que ficaram por dizer
Quero voar contigo.
Diz-me que consigo.
Quero abrir os braços e planar.
Sabes é que há algo de ti no vento.
Qualquer coisa de teu no luar.
Parece que estás comigo.
em qualquer lugar.
trago-te no meu pensamento
como um tesouro .
Um legado .
Anjo nosso
Um poema que não quero
parar de escrever.
E estas tão presente
como se olhasse o infinito
e te visse a passar.
Como se sentisse o teu sorrir.
Como se fosse iluminado
pelo teu olhar.
É que há coisas que nos transcendem.
coisas por explicar.
Como um sopro de vento
que chega sem se anunciar.
Como uma estrela que nasce
e que ontem não estava nos céus.
uma canção que surge do nada.
Com as palavras que precisamos escutar.
Sabes é que hoje os raios de sol
fizeram-me lembrar dos teus cabelos ...
a pairar na brisa.
E o cantar dos pássaros...
trouxe o teu sorrir.
Sabes é que hoje...
senti-me a superar.
e senti-te no palco comigo.
Quando tive medo
e fiquei tão solto
como se fosse luz.
E sei e sei e sei
que estás connosco .
E sei e sei e sei
que estas feliz .
E sei e sei e sei
que es madrugada,
uma flor na estrada.
Uma ave real.
um poema que surge do nada ,
o mais belo por do sol.
e sei e sei e sei
que vou estar contigo.
e sei e sei e sei
que estas a sorrir
e sei e sei e sei
que lés este grito.
Poema alado
que estive escrever
longe do silêncio.
Só para sorrir.
Só para te cantar.
Luz que brota em mim.
lembrança desse olhar...
que é fogo e vaga
acaso real...
sonho de um anjo
para te ter comigo
até ao nosso encontro
talvez porque tu
tu sim... e és sopro do vento
Foram tempos bons e menos bons, mas mesmo nos menos bons este espaço foi graças a voces que me leem conforto para as minhas asas feridas,.
Já nos bons... voces, a partilha que fizemos, foram o céu em que planei sem medos.
Por várias ocasiões assumi o fim da poesia, o fim do canto... o fim do sonho... e de facto o sonho acabou nessas vezes, mas mesmo aí dor que a vida trouxe soube ser sarada pelo vosso brilho e converteu-se num marco, as vezes num legado, e apesar de continuar a dilacerar o peito e a alma é um legado, algo especial que vou superar.
Impõe-se pois o regresso à poesia...
porque existem sempre palavras que ficaram por dizer
Quero voar contigo.
Diz-me que consigo.
Quero abrir os braços e planar.
Sabes é que há algo de ti no vento.
Qualquer coisa de teu no luar.
Parece que estás comigo.
em qualquer lugar.
trago-te no meu pensamento
como um tesouro .
Um legado .
Anjo nosso
Um poema que não quero
parar de escrever.
E estas tão presente
como se olhasse o infinito
e te visse a passar.
Como se sentisse o teu sorrir.
Como se fosse iluminado
pelo teu olhar.
É que há coisas que nos transcendem.
coisas por explicar.
Como um sopro de vento
que chega sem se anunciar.
Como uma estrela que nasce
e que ontem não estava nos céus.
uma canção que surge do nada.
Com as palavras que precisamos escutar.
Sabes é que hoje os raios de sol
fizeram-me lembrar dos teus cabelos ...
a pairar na brisa.
E o cantar dos pássaros...
trouxe o teu sorrir.
Sabes é que hoje...
senti-me a superar.
e senti-te no palco comigo.
Quando tive medo
e fiquei tão solto
como se fosse luz.
E sei e sei e sei
que estás connosco .
E sei e sei e sei
que estas feliz .
E sei e sei e sei
que es madrugada,
uma flor na estrada.
Uma ave real.
um poema que surge do nada ,
o mais belo por do sol.
e sei e sei e sei
que vou estar contigo.
e sei e sei e sei
que estas a sorrir
e sei e sei e sei
que lés este grito.
Poema alado
que estive escrever
longe do silêncio.
Só para sorrir.
Só para te cantar.
Luz que brota em mim.
lembrança desse olhar...
que é fogo e vaga
acaso real...
sonho de um anjo
para te ter comigo
até ao nosso encontro
talvez porque tu
tu sim... e és sopro do vento
domingo, outubro 21, 2007
prémio Blog escrito com amor
pois é a silvia decidiu-me atribuir este prémio.
pessoalmente considero que ele não me pertence a mim mas a vocés, leitores e amigos que me inspiram com as vossas histórias e os vossos sonhos.
obrigado a voces que me leem e também um obrigado especial a silvia por se ter lembrado de mim.
as minhas nomeações vão para:
silvia madureira do blog - jogos com matemática
a cor do mar do blog - a cor do mar
maria do blog - cheiro da ilha
ema norte do blog-100 fabulas
daniela do blog - devaneios
lisa do blog - noites de lua cheia
lyra do blog - o espacinho da lyra
e last but not least a madrinha do meu espaço a carla do photoblog outros olhares.
um beijo para todas e um xi grande de admiração pela luz que tem .
já agora ... se a mónica tivesse blog... e porque o que ela escreve no meu e no hi5 dela é lindo também a nomeava... fica o convite
sábado, outubro 20, 2007
Sonhos sem Ilusões
"... Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde. "
Fernando Pessoa
quarta-feira, outubro 17, 2007
sexta-feira, outubro 12, 2007
tive de voltar
Porque mesmo do silencio temos deixar fluir um rio de palavras, porque seria impossivel respirar se elas estivessem presas na garganta...
Porque por mais profundas que sejam as dores temos de encarar as cicatrizes que elas deixam como trofeus e aprendermos a ser melhores.
Porque encontrei num poema da minha nova amiga Daniela tanto do que não consigo dizer...
Porque ela me autorizou a expo-lo aqui..
ou simplesmente porque precisava de faze-lo ....
deixo-vos o poema ... "quando se perde um amigo..."
para que nunca esqueçamos as amarras que nos ligam.
"Quando sentimos que perdemos um amigo
parte de nós é lágrima que cai desamparada...
mas cá dentro, há um sorriso triste
a recordar os bons momentos
que esta amizade nos deu.
Nasce um vazio
de um todo quebrado
e um mar cinzento
chora despedaçado
pelas memórias que perderam a cor.
Abre-se um buraco no peito
e a enxada deve ter lâmina dura
porque nos escava uma ferida tão profunda
que esburaca o corpo só para nos atingir
em cheio o recheio da alma.
Se eu tivesse uma pedra no lugar
onde vi plantado o meu coração
Talvez,soubesse como impedir
que a dor me roube mais esta seara...
Quando sentimos que perdemos um amigo...
as pernas caminham sem destino
porque os passos esqueceram o seu rumo
e dormem sozinhos junto á estrada.
Há braços com frio
porque sonham com um abraço...
Há um pássaro a baloiçar naquele ramo
mas já sem vontade de cantar
para aquele banco de jardim vazio...
Há palavras sem força suplicando vozes na garganta
e restos de gritos que dela saíram altos demais...
Há quadros pintados com os dedos logo pela manhã
e arco-íris que desmaiam lá pela noitinha...
Há lágrimas abençoadas
que se ajoelham fielmente a rezar por nós
e sorrisos danados a rir do desespero das minhas preces.
Há poemas colados ao tecto
porque querem preservar no céu esta história
sem acreditarem que ela chegou ao fim...
Há sonhos por perto rasgados no chão
e folhas de papel tão teimosas que se recusam a voar para longe...
Ai se eu tivesse asas nas costas
para dar utilidade a todas estas penas!
Se eu soubesse o valor da eternidade dos gestos
e das promessas que se proferem sem olhar.
Mas, porque é que a tristeza me faz pensar
que hoje perdi um amigo...
se ainda ontem sorria tão feliz por o encontrar?"
de Daniela Pereira
Obrigado por entenderes
Porque por mais profundas que sejam as dores temos de encarar as cicatrizes que elas deixam como trofeus e aprendermos a ser melhores.
Porque encontrei num poema da minha nova amiga Daniela tanto do que não consigo dizer...
Porque ela me autorizou a expo-lo aqui..
ou simplesmente porque precisava de faze-lo ....
deixo-vos o poema ... "quando se perde um amigo..."
para que nunca esqueçamos as amarras que nos ligam.
"Quando sentimos que perdemos um amigo
parte de nós é lágrima que cai desamparada...
mas cá dentro, há um sorriso triste
a recordar os bons momentos
que esta amizade nos deu.
Nasce um vazio
de um todo quebrado
e um mar cinzento
chora despedaçado
pelas memórias que perderam a cor.
Abre-se um buraco no peito
e a enxada deve ter lâmina dura
porque nos escava uma ferida tão profunda
que esburaca o corpo só para nos atingir
em cheio o recheio da alma.
Se eu tivesse uma pedra no lugar
onde vi plantado o meu coração
Talvez,soubesse como impedir
que a dor me roube mais esta seara...
Quando sentimos que perdemos um amigo...
as pernas caminham sem destino
porque os passos esqueceram o seu rumo
e dormem sozinhos junto á estrada.
Há braços com frio
porque sonham com um abraço...
Há um pássaro a baloiçar naquele ramo
mas já sem vontade de cantar
para aquele banco de jardim vazio...
Há palavras sem força suplicando vozes na garganta
e restos de gritos que dela saíram altos demais...
Há quadros pintados com os dedos logo pela manhã
e arco-íris que desmaiam lá pela noitinha...
Há lágrimas abençoadas
que se ajoelham fielmente a rezar por nós
e sorrisos danados a rir do desespero das minhas preces.
Há poemas colados ao tecto
porque querem preservar no céu esta história
sem acreditarem que ela chegou ao fim...
Há sonhos por perto rasgados no chão
e folhas de papel tão teimosas que se recusam a voar para longe...
Ai se eu tivesse asas nas costas
para dar utilidade a todas estas penas!
Se eu soubesse o valor da eternidade dos gestos
e das promessas que se proferem sem olhar.
Mas, porque é que a tristeza me faz pensar
que hoje perdi um amigo...
se ainda ontem sorria tão feliz por o encontrar?"
de Daniela Pereira
Obrigado por entenderes
domingo, outubro 07, 2007
pausa
amigos...
faltam quase vinte dias para este blog fazer dois anos, tem sido momentos muito bons de partilha e de convivio, tenho aprendido muito sobre esta arte de amar e de dar...
mas chegou a altura de fazer uma pausa.... ando com o coração apertado...
quero escrever aqui o por-do-sol e não o nevoeiro... quero escrever a luz e não a escuridão...
quero escrever a vida e não esta corrida... quero ser...
Vou parar por uns tempos, não sei quanto, talvez volte daqui a uns dias, talvez nunca...
não é que os dias sigam lá fora.... que os sonhos não aconteçam aqui... talvez seja apenas tempo de reaprender-me...
até breve
faltam quase vinte dias para este blog fazer dois anos, tem sido momentos muito bons de partilha e de convivio, tenho aprendido muito sobre esta arte de amar e de dar...
mas chegou a altura de fazer uma pausa.... ando com o coração apertado...
quero escrever aqui o por-do-sol e não o nevoeiro... quero escrever a luz e não a escuridão...
quero escrever a vida e não esta corrida... quero ser...
Vou parar por uns tempos, não sei quanto, talvez volte daqui a uns dias, talvez nunca...
não é que os dias sigam lá fora.... que os sonhos não aconteçam aqui... talvez seja apenas tempo de reaprender-me...
até breve
para Frederica
Infelizmente não pude ler-te o poema que te escrevi...
e queria ter-te lido tantos... queria ter-te escrito tantos.
Vou ter saudades linda...
porque há tanto para dizer
tanto que não sei contar
porque és estrela que nos anima
e queremos ver-te brilhar
porque o dia cá fora é frio
sem esse belo sorrir
e o vento não é o mesmo
sem ondular teus caracóis
porque és fogueira acesa
na lareira da amizade
e sabes fazer-nos ver
o que temos de melhor
porque temos tanto para aprender
sobre a vida e sobre os sonhos
e ainda há tanto que quero saber
sobre os teus mundos
porque tens um coração grande
e um não sei que de coisas
e temos saudades de nos ver
no brilho dos teus olhos
porque és vida
e sempre soubeste sê-lo
porque foste esperança
e eu nunca to disse
luta agora mais esta luta
eu sei que és capaz
nasceste lutadora
desistir não te satisfaz
luta agora mais esta vez
mostra a força que tens
belo é o dia lá fora
o pôr–do-sol quer-te saudar
vá queremos te mostrar
que és especial para nós
que és sonho a acontecer
que queremos te abraçar
Vá precisas de saber
Que gostamos de ti
E eu quero sorrir contigo
Com tudo o que aqui escrevi
Vive Sonha
Sé Luta
Cré
Vais conseguir....
Sonhamos por ti.....
Pensamos em ti.....
Escrevemos para ti...
Queremos te abraçar...
Ver-nos no teu olhar....
Ver-te sorrir....
Ouvir-te falar...
Vá
Sabemos que és forte
Sabemos que és luz
Preciso de dizer-te ...
fazes-nos falta...
fazes-me falta
.... Porque é que só o silencio resta?...
e queria ter-te lido tantos... queria ter-te escrito tantos.
Vou ter saudades linda...
porque há tanto para dizer
tanto que não sei contar
porque és estrela que nos anima
e queremos ver-te brilhar
porque o dia cá fora é frio
sem esse belo sorrir
e o vento não é o mesmo
sem ondular teus caracóis
porque és fogueira acesa
na lareira da amizade
e sabes fazer-nos ver
o que temos de melhor
porque temos tanto para aprender
sobre a vida e sobre os sonhos
e ainda há tanto que quero saber
sobre os teus mundos
porque tens um coração grande
e um não sei que de coisas
e temos saudades de nos ver
no brilho dos teus olhos
porque és vida
e sempre soubeste sê-lo
porque foste esperança
e eu nunca to disse
luta agora mais esta luta
eu sei que és capaz
nasceste lutadora
desistir não te satisfaz
luta agora mais esta vez
mostra a força que tens
belo é o dia lá fora
o pôr–do-sol quer-te saudar
vá queremos te mostrar
que és especial para nós
que és sonho a acontecer
que queremos te abraçar
Vá precisas de saber
Que gostamos de ti
E eu quero sorrir contigo
Com tudo o que aqui escrevi
Vive Sonha
Sé Luta
Cré
Vais conseguir....
Sonhamos por ti.....
Pensamos em ti.....
Escrevemos para ti...
Queremos te abraçar...
Ver-nos no teu olhar....
Ver-te sorrir....
Ouvir-te falar...
Vá
Sabemos que és forte
Sabemos que és luz
Preciso de dizer-te ...
fazes-nos falta...
fazes-me falta
.... Porque é que só o silencio resta?...
sexta-feira, setembro 28, 2007
Se vocês me conhecessem realmente saberiam que ...
Este é o desafio deixado pela Sílvia há uns dias...
Eis a minha resposta....
Sou...
Paciente
Ousado
Empático
Tímido
Apaixonado
Louco
Optimista
Unido
Cómico
Orgulhoso
Sincero
Onirico
Unico
Eis a minha resposta....
Sou...
Paciente
Ousado
Empático
Tímido
Apaixonado
Louco
Optimista
Unido
Cómico
Orgulhoso
Sincero
Onirico
Unico
terça-feira, setembro 25, 2007
Pedro Alpiarça .. para que o silencio não corroa
Pedro Alpiarça
(1958 - Lisboa, 20 de Setembro de 2007)
Inicia-se no teatro universitário da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em cujo grupo teatral começa a trabalhar, entre 1984 e 1990. Integra o Teatro A Barraca (1989-1994) sob a direcção de Hélder Costa, em peças como Liberdade em Bremen de Rainer Werner Fassbinder, O Avarento de Moliére, Floresta de Enganos de Gil Vicente ou A Cantora Careca de Ionesco e com Maria do Céu Guerra em O Último Baile do Império de Josué Montello, entre outros. Passou ainda pelas companhias O Nariz - Teatro de Grupo e com o núcleo do Teatro da Veredas que em 1995 viria a dar origem ao Teatroesfera participou nos espectáculos As Histórias da Flauta (1993), O Erro Humano (1999), Abril (reposição em 2000) e O Sangue (espectáculo que inaugurou o Espaço Teatroesfera no ano 2000).
É co-fundador do Teatro Mínimo (2002), onde tem desenvolvido trabalho juntamente com José Boavida.
Foi actor regular na televisão, integrando o elenco de variadas séries e sitcoms. Em 1993 participou em Ideias com História, dois anos depois entrou em Nico D'Obra, série com Nicolau Breyner. A partir de 1998, começou a entrar em formatos mais cómicos. Participou em Os Malucos do Riso, nesse ano; em 1999 entrou em Não És Homem Não És Nada, seguindo-se em 2001 a Fábrica das Anedotas. Mais recentemente, fez algumas participações na série Os Batanetes, da TVI, na Maré Alta (SIC) e n' Prédio do Vasco. O seu último trabalho na TV foi em Vingança, onde teve um pequeno papel.
Faleceu a 20 de Setembro de 2007, não importa como...
O QUE IMPORTA É A AUSÊNCIA
Porque os palcos de Leiria, do país, do mundo e da vida ficaram mais pobres...
Talvez porque a arte às vezes chama o vazio e é difícil aparta-lo cá dentro...
Porque vou...
vamos ter saudades...
- Dessa postura que parecia desconexa sem o ser...
- Desse ar que parecia as vezes distante... as vezes próximo...
- Dessa presença discreta que despontava depois nos palcos...
- Dessa capacidade com que através da tuas personagens no “somos todos de outro lado qualquer”, no “kansera” e em muitas outras peças que vi ao vivo, mostraste o contraponto entre a fragilidade da razão humana e a beleza das pequenas coisas simples.
Na esperança de que os palcos do céu ( .. do ar... ou seja lá o que for que é a última morada dos artistas) brilhem para ti e as multidões te aplaudam de pé ...
Porque os actores não morrem ....
(1958 - Lisboa, 20 de Setembro de 2007)
Inicia-se no teatro universitário da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em cujo grupo teatral começa a trabalhar, entre 1984 e 1990. Integra o Teatro A Barraca (1989-1994) sob a direcção de Hélder Costa, em peças como Liberdade em Bremen de Rainer Werner Fassbinder, O Avarento de Moliére, Floresta de Enganos de Gil Vicente ou A Cantora Careca de Ionesco e com Maria do Céu Guerra em O Último Baile do Império de Josué Montello, entre outros. Passou ainda pelas companhias O Nariz - Teatro de Grupo e com o núcleo do Teatro da Veredas que em 1995 viria a dar origem ao Teatroesfera participou nos espectáculos As Histórias da Flauta (1993), O Erro Humano (1999), Abril (reposição em 2000) e O Sangue (espectáculo que inaugurou o Espaço Teatroesfera no ano 2000).
É co-fundador do Teatro Mínimo (2002), onde tem desenvolvido trabalho juntamente com José Boavida.
Foi actor regular na televisão, integrando o elenco de variadas séries e sitcoms. Em 1993 participou em Ideias com História, dois anos depois entrou em Nico D'Obra, série com Nicolau Breyner. A partir de 1998, começou a entrar em formatos mais cómicos. Participou em Os Malucos do Riso, nesse ano; em 1999 entrou em Não És Homem Não És Nada, seguindo-se em 2001 a Fábrica das Anedotas. Mais recentemente, fez algumas participações na série Os Batanetes, da TVI, na Maré Alta (SIC) e n' Prédio do Vasco. O seu último trabalho na TV foi em Vingança, onde teve um pequeno papel.
Faleceu a 20 de Setembro de 2007, não importa como...
O QUE IMPORTA É A AUSÊNCIA
Porque os palcos de Leiria, do país, do mundo e da vida ficaram mais pobres...
Talvez porque a arte às vezes chama o vazio e é difícil aparta-lo cá dentro...
Porque vou...
vamos ter saudades...
- Dessa postura que parecia desconexa sem o ser...
- Desse ar que parecia as vezes distante... as vezes próximo...
- Dessa presença discreta que despontava depois nos palcos...
- Dessa capacidade com que através da tuas personagens no “somos todos de outro lado qualquer”, no “kansera” e em muitas outras peças que vi ao vivo, mostraste o contraponto entre a fragilidade da razão humana e a beleza das pequenas coisas simples.
Na esperança de que os palcos do céu ( .. do ar... ou seja lá o que for que é a última morada dos artistas) brilhem para ti e as multidões te aplaudam de pé ...
Porque os actores não morrem ....
sexta-feira, setembro 21, 2007
Saudades...
"Há momentos na vida em que sentes tanto a falta de alguém que dá vontade de tirá-lo dos sonhos e dar-lhe um abraço de verdade"
Reflexões By Sherek, por Emily Paull.
Com votos de um bom fim de semana repleto de sentimentos
Reflexões By Sherek, por Emily Paull.
Com votos de um bom fim de semana repleto de sentimentos
quinta-feira, setembro 20, 2007
VITOR JARA. para que o mundo nunca esqueça que houve um outro 11 de setembro.
Em posts anteriores já falei de Alhende e Pablo Neruda,já falei da barbarie que constituiu o golpe de Pinochet (com o apoio dos Estados Unidos) a 11 de setembro de 1973.
Nesses posts homenagei os homens e através deles o povo chileno e a sua luta pela liberdade, no entanto para cumprir esta homenagem faltou homenagear Vitor Jara,o homem, o poeta, o compositor mas sobretudo o home livre.
cumpro pois este designio agora.
O homem:
Víctor Lidio Jara Martínez (Chillán, 28 de setembro de 1932 — 16 de setembro de 1973) foi um músico, compositor, cantor e director de teatro chileno.
Nascido numa familia de camponeses, tornou-se referência internacional da canção revolucionária.
Lecionava "periodismo" na Universidade de Chile, e participava de reuniões com os professores da Universidade (maioria comunista) e com o partido da UP em protestos e espectaculos beneficientes.
Os factos:
A 11 de setembro de 1973, quando o golpe militar comandado pelo ditador Augusto Pinochet derrubou do poder Salvador Allende, o compositor e cantor Victor Jara correu para a universidade da Santiago onde trabalhava para se juntar aos 600 estudantes que ocupavam o prédio.
Dali, mesmo sem muito armamento, tentaram resistir aos militares e aos tanques que cercaram a universidade, sem sucesso. Depois de uma luta desigual, foram subjugados e levados para o Estádio Nacional do Chile, convertido em campo de concentração.
Victor de viola em punho, como já o tinha feito na Universidade, cantava para os seus companheiros para anima-los e procurar dar-lhes esperança, talvez por isso foi rapidamente reconhecido por um oficial, hoje sabe-se que era Edwin Dimter Bianchi, com o cognome "o principe".
Edwin ao reconhecer Vitor terá dito : "Você é aquele maldito cantor, não é?", terá depois insistido em "ocupar-se pessoalmente da sua tortura".
Separado dos demais Victor foi duramente espancado, as suas mãos foram segundo uns amputadas, segundo outros dilacerdas a golpes de culatra de espingarda.
Depois Edwin provocou-o e disse-lhe "agora Canta filho da Puta".
Victor levantou-se e apesar de ferido cantou.
Quando o soltaram ensanguentado, e ao aperceber-se do fim pediu pedaços de papel e um lápis aos companheiros,e escreveu o que viria a ser o seu último poema , preservado até aos nossos dias no manuscrito que entregou às escondidas aos seus companheiros que depois foi entregue Joan Jara,companheira de Victor.
Victor foi depois fuzilado com 44 tiros e o seu corpo abandonado numa rua de Santiago do Chile.
Deixo-vos esse poema para que partilhem para sempre daquele que segundo as palavras de Joan Jara foi o testemunjo de Victor: "... o seu único meio de resistir ainda ao fascismo, de lutar pelos direitos dos seres humanos e pela paz".
"
Somos cinco mil
nesta pequena parte da cidade.
Somos cinco mil.
Quantos seremos no total,
nas cidades e em todo o país?
Somente aqui, dez mil mãos que semeiam
e fazem andar as fábricas.
Quanta humanidade
com fome, frio, pânico, dor,
pressão moral, terror e loucura!
Seis de nós se perderam
no espaço das estrelas.
Um morto, um espancado como jamais imaginei
que se pudesse espancar um ser humano.
Os outros quatro quiseram livrar-se de todos os temores
um saltando no vazio,
outro batendo a cabeça contra o muro,
mas todos com o olhar fixo da morte.
Que espanto causa o rosto do fascismo!
Colocam em prática seus planos com precisão arteira,
sem que nada lhes importe.
O sangue, para eles, são medalhas.
A matança é ato de heroísmo.
É este o mundo que criaste, meu Deus?
Para isto os teus sete dias de assombro e trabalho?
Nestas quatro muralhas só existe um número
que não cresce,
que lentamente quererá mais morte.
Mas prontamente me golpeia a consciência
e vejo esta maré sem pulsar,
mas com o pulsar das máquinas
e os militares mostrando seu rosto de parteira,
cheio de doçura.
E o México, Cuba e o mundo?
Que gritem esta ignomínia!
Somos dez mil mãos a menos
que não produzem.
Quantos somos em toda a pátria?
O sangue do companheiro Presidente
golpeia mais forte que bombas e metralhas.
Assim golpeará nosso punho novamente.
Como me sai mal o canto
quando tenho que cantar o espanto!
Espanto como o que vivo
como o que morro, espanto.
De ver-me entre tantos e tantos
momentos do infinito
em que o silêncio e o grito
são as metas deste canto.
O que vejo nunca vi,
o que tenho sentido e o que sinto
fará brotar o momento..."
(Victor Jara, Estádio de Chile, Setembro 1973).
Nesses posts homenagei os homens e através deles o povo chileno e a sua luta pela liberdade, no entanto para cumprir esta homenagem faltou homenagear Vitor Jara,o homem, o poeta, o compositor mas sobretudo o home livre.
cumpro pois este designio agora.
O homem:
Víctor Lidio Jara Martínez (Chillán, 28 de setembro de 1932 — 16 de setembro de 1973) foi um músico, compositor, cantor e director de teatro chileno.
Nascido numa familia de camponeses, tornou-se referência internacional da canção revolucionária.
Lecionava "periodismo" na Universidade de Chile, e participava de reuniões com os professores da Universidade (maioria comunista) e com o partido da UP em protestos e espectaculos beneficientes.
Os factos:
A 11 de setembro de 1973, quando o golpe militar comandado pelo ditador Augusto Pinochet derrubou do poder Salvador Allende, o compositor e cantor Victor Jara correu para a universidade da Santiago onde trabalhava para se juntar aos 600 estudantes que ocupavam o prédio.
Dali, mesmo sem muito armamento, tentaram resistir aos militares e aos tanques que cercaram a universidade, sem sucesso. Depois de uma luta desigual, foram subjugados e levados para o Estádio Nacional do Chile, convertido em campo de concentração.
Victor de viola em punho, como já o tinha feito na Universidade, cantava para os seus companheiros para anima-los e procurar dar-lhes esperança, talvez por isso foi rapidamente reconhecido por um oficial, hoje sabe-se que era Edwin Dimter Bianchi, com o cognome "o principe".
Edwin ao reconhecer Vitor terá dito : "Você é aquele maldito cantor, não é?", terá depois insistido em "ocupar-se pessoalmente da sua tortura".
Separado dos demais Victor foi duramente espancado, as suas mãos foram segundo uns amputadas, segundo outros dilacerdas a golpes de culatra de espingarda.
Depois Edwin provocou-o e disse-lhe "agora Canta filho da Puta".
Victor levantou-se e apesar de ferido cantou.
Quando o soltaram ensanguentado, e ao aperceber-se do fim pediu pedaços de papel e um lápis aos companheiros,e escreveu o que viria a ser o seu último poema , preservado até aos nossos dias no manuscrito que entregou às escondidas aos seus companheiros que depois foi entregue Joan Jara,companheira de Victor.
Victor foi depois fuzilado com 44 tiros e o seu corpo abandonado numa rua de Santiago do Chile.
Deixo-vos esse poema para que partilhem para sempre daquele que segundo as palavras de Joan Jara foi o testemunjo de Victor: "... o seu único meio de resistir ainda ao fascismo, de lutar pelos direitos dos seres humanos e pela paz".
"
Somos cinco mil
nesta pequena parte da cidade.
Somos cinco mil.
Quantos seremos no total,
nas cidades e em todo o país?
Somente aqui, dez mil mãos que semeiam
e fazem andar as fábricas.
Quanta humanidade
com fome, frio, pânico, dor,
pressão moral, terror e loucura!
Seis de nós se perderam
no espaço das estrelas.
Um morto, um espancado como jamais imaginei
que se pudesse espancar um ser humano.
Os outros quatro quiseram livrar-se de todos os temores
um saltando no vazio,
outro batendo a cabeça contra o muro,
mas todos com o olhar fixo da morte.
Que espanto causa o rosto do fascismo!
Colocam em prática seus planos com precisão arteira,
sem que nada lhes importe.
O sangue, para eles, são medalhas.
A matança é ato de heroísmo.
É este o mundo que criaste, meu Deus?
Para isto os teus sete dias de assombro e trabalho?
Nestas quatro muralhas só existe um número
que não cresce,
que lentamente quererá mais morte.
Mas prontamente me golpeia a consciência
e vejo esta maré sem pulsar,
mas com o pulsar das máquinas
e os militares mostrando seu rosto de parteira,
cheio de doçura.
E o México, Cuba e o mundo?
Que gritem esta ignomínia!
Somos dez mil mãos a menos
que não produzem.
Quantos somos em toda a pátria?
O sangue do companheiro Presidente
golpeia mais forte que bombas e metralhas.
Assim golpeará nosso punho novamente.
Como me sai mal o canto
quando tenho que cantar o espanto!
Espanto como o que vivo
como o que morro, espanto.
De ver-me entre tantos e tantos
momentos do infinito
em que o silêncio e o grito
são as metas deste canto.
O que vejo nunca vi,
o que tenho sentido e o que sinto
fará brotar o momento..."
(Victor Jara, Estádio de Chile, Setembro 1973).
sexta-feira, setembro 14, 2007
conversas....
Homenagem a Mónica Mendes
Porque és especial para mim...
Porque ousas sonhar....
porque sabes ser poesia e luz...
porque dás sentido ao sonho...
E à busca de sentir...
Porque sabes estar aqui...
mesmo que longe...
mais presente do que quase ninguém quando a dor e o desalinho de não concretizar os sonhos se torna mais forte ou precisamos partilhar momentos bons.
Porque és tu...
doce e terna
poesia...
luz..
magia...
amiga...
tu...
tudo isto e tantas outras coisas que não consigo descrever por palavras
decidi-me, precisava... deixar-te aqui mais esta homenagem... mais este pedaço de sonho...
para que em ti a luz surja reforçada e com ela a força dos dias.
Porque adorei o teu poema, porque ele merece .. decidi coloca-lo neste post... neste cantinho que é no fundo a súmula maior do meu ser.
beijo amigo Pedro
"
Incessante procura
Nao sei bem de quê
Talvez seja insensatez
Desilusão de vida
Sonhos que se esfumam...
Pensar-te aqui, talvez.
Sentir teus dedos
Deslisar em minha pele.
Teu olhar que me lê
Para além da alma
Para além do invisivel
Traduzindo-se em pura calma
Tudo fica perceptível
Nas simples ondas da maré
Por fim tudo esvai
Por terra o sonho cai.
O sol nao brilha mais
Nem aqui, nem em outro cais
Espero pela luz da lua
E do toque de uma maõ
Nos meus cabelos...
Sonhando que seja a tua..."
de Mónica Mendes
Bom fim de semana amigos... que nos vossos corações more o verão.
Força doce Mónica . estas cá dentro :-)
Porque ousas sonhar....
porque sabes ser poesia e luz...
porque dás sentido ao sonho...
E à busca de sentir...
Porque sabes estar aqui...
mesmo que longe...
mais presente do que quase ninguém quando a dor e o desalinho de não concretizar os sonhos se torna mais forte ou precisamos partilhar momentos bons.
Porque és tu...
doce e terna
poesia...
luz..
magia...
amiga...
tu...
tudo isto e tantas outras coisas que não consigo descrever por palavras
decidi-me, precisava... deixar-te aqui mais esta homenagem... mais este pedaço de sonho...
para que em ti a luz surja reforçada e com ela a força dos dias.
Porque adorei o teu poema, porque ele merece .. decidi coloca-lo neste post... neste cantinho que é no fundo a súmula maior do meu ser.
beijo amigo Pedro
"
Incessante procura
Nao sei bem de quê
Talvez seja insensatez
Desilusão de vida
Sonhos que se esfumam...
Pensar-te aqui, talvez.
Sentir teus dedos
Deslisar em minha pele.
Teu olhar que me lê
Para além da alma
Para além do invisivel
Traduzindo-se em pura calma
Tudo fica perceptível
Nas simples ondas da maré
Por fim tudo esvai
Por terra o sonho cai.
O sol nao brilha mais
Nem aqui, nem em outro cais
Espero pela luz da lua
E do toque de uma maõ
Nos meus cabelos...
Sonhando que seja a tua..."
de Mónica Mendes
Bom fim de semana amigos... que nos vossos corações more o verão.
Força doce Mónica . estas cá dentro :-)
sábado, setembro 08, 2007
A escrita
"Escreve. Seja uma carta, um diário ou umas notas enquanto falas ao telefone, mas escreve. Procura desnudar a tua alma por escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que não querias. O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a ver com mais clareza o que nos rodeia. Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida. As palavras têm poder."
Fonte: "Paulo Coelho, in "Maktub"
Uma citação de Paulo Coelho enviada pela Terna Mónica (ela vai gostar da forma como a chamei :- ) ) , para saudar esta forma de as vezes voarmos, as vezes nos libertarmos, as vezes nos escondermos.....
Porque se é verdade que o sonho comanda a vida, é também verdade que muitos dos sonhos se materializam e se derramam no papel..
quinta-feira, setembro 06, 2007
homenagem a Madre Teresa de Calcuta
O MELHOR DE VOCÊ
"Dê sempre o melhor
E o melhor virá...
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas...
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros...
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo...
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra...
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja...
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante...
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas...
É entre VOCÊ e DEUS...
Nunca foi entre você e eles!
Agnese Gonxha Bojaxhin - Madre Tereza de Calcutá
Porque as vezes a fé tem caminhos miesteriosos.... e mesmo duvidando agiste... sonhaste.... mostraste que é possivel sermos melhores...
"Dê sempre o melhor
E o melhor virá...
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas...
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros...
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo...
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra...
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja...
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante...
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas...
É entre VOCÊ e DEUS...
Nunca foi entre você e eles!
Agnese Gonxha Bojaxhin - Madre Tereza de Calcutá
Porque as vezes a fé tem caminhos miesteriosos.... e mesmo duvidando agiste... sonhaste.... mostraste que é possivel sermos melhores...
terça-feira, setembro 04, 2007
há cada coisa...
não sou supersticioso, mas hoje não sei porque deu-me para ir ver o horóscopo...
como a curiosidade costuma despontar em mim nestas coisas procurei o hóroscopo Xamânico, visto que como faço anos a 22 de novembro nunca sei se sou escorpião ou sagitário e acabo sempre mais atado que desatado lol.
Ora bem segundo o meu horoscopo Xamánico sou coruja.
diz ele que as CORUJAS( quem nasceu entre De 21/11 e 20/12) – A lua da neve são muito observadoras e silenciosas.
Pessoas coruja são inteligentes, bem articuladas e discretas.
Seu olho para os detalhes faz delas perfeccionistas.
A Coruja necessita de liberdade de expressão.
É vivaz e presta muita atenção aos detalhes. Curiosa e adaptável, tende a abarcar mais do que pode.
É valente e decidida, e sabe ser versátil.
Sua natureza é sincera e estudiosa, e pode ser muito compreensiva, ainda que às vezes lhe falte tacto.
No amor, adora a aventura e é atraído por pessoas exóticas.
Precisa variedade e intensidade de sentimentos, mas, acima de tudo, alguém com quem possa conversar e compartilhar seus múltiplos interesses intelectuais.
Dá-se bem com Falcão e Salmão
Deve cultivar: Concentração, otimismo e entusiasmo vital
Deve evitar: Auto-indulgência e exagero
Planta: Visco
Mineral: Obsidiana
Cor: Dourado
Direção: Noroeste
Medicina da Coruja: É o poder de discernir as coisas em momentos de incerteza e levar uma vida coerente, com planos a longo prazo.
Medicina do Pica-pau: A aptidão para estabelecer um ritmo regular na vida e a tenacidade para proteger quem se ama.
é giro não é se quiserem saber o vosso vão a http://www.terra.com.br/planetanaweb/produtos/horosc_xamanico/
no mínimo ficam com um sorriso nos lábios
como a curiosidade costuma despontar em mim nestas coisas procurei o hóroscopo Xamânico, visto que como faço anos a 22 de novembro nunca sei se sou escorpião ou sagitário e acabo sempre mais atado que desatado lol.
Ora bem segundo o meu horoscopo Xamánico sou coruja.
diz ele que as CORUJAS( quem nasceu entre De 21/11 e 20/12) – A lua da neve são muito observadoras e silenciosas.
Pessoas coruja são inteligentes, bem articuladas e discretas.
Seu olho para os detalhes faz delas perfeccionistas.
A Coruja necessita de liberdade de expressão.
É vivaz e presta muita atenção aos detalhes. Curiosa e adaptável, tende a abarcar mais do que pode.
É valente e decidida, e sabe ser versátil.
Sua natureza é sincera e estudiosa, e pode ser muito compreensiva, ainda que às vezes lhe falte tacto.
No amor, adora a aventura e é atraído por pessoas exóticas.
Precisa variedade e intensidade de sentimentos, mas, acima de tudo, alguém com quem possa conversar e compartilhar seus múltiplos interesses intelectuais.
Dá-se bem com Falcão e Salmão
Deve cultivar: Concentração, otimismo e entusiasmo vital
Deve evitar: Auto-indulgência e exagero
Planta: Visco
Mineral: Obsidiana
Cor: Dourado
Direção: Noroeste
Medicina da Coruja: É o poder de discernir as coisas em momentos de incerteza e levar uma vida coerente, com planos a longo prazo.
Medicina do Pica-pau: A aptidão para estabelecer um ritmo regular na vida e a tenacidade para proteger quem se ama.
é giro não é se quiserem saber o vosso vão a http://www.terra.com.br/planetanaweb/produtos/horosc_xamanico/
no mínimo ficam com um sorriso nos lábios
domingo, setembro 02, 2007
Felicidade
"Se se construisse uma casa para a felicidade, a maior divisão seria a sala de espera."
citação enviada pela minha grande Mónica.
apenas para fazer sonhar, saber esperar, saber viver
citação enviada pela minha grande Mónica.
apenas para fazer sonhar, saber esperar, saber viver
segunda-feira, agosto 20, 2007
sonha...
sonha luz
com ternos poemas
sonhos perfumados
navios de papel
poetas enfeitiçados
teatrinhos de cordel
sonha ...
com poetas e fadas
guardadores de sonhos
anjos e cupídos
amores profundos
palhaços e risos
sonha....
com príncipes e fadas
guardadores de sonhos
duendes e ogres
com aventureiros
e aventuras sem fim
sonha...
com a estrela lá do alto
lembrança deixada por mim
só para te lembrar que és luz
de um poema assim....
nana bem
com ternos poemas
sonhos perfumados
navios de papel
poetas enfeitiçados
teatrinhos de cordel
sonha ...
com poetas e fadas
guardadores de sonhos
anjos e cupídos
amores profundos
palhaços e risos
sonha....
com príncipes e fadas
guardadores de sonhos
duendes e ogres
com aventureiros
e aventuras sem fim
sonha...
com a estrela lá do alto
lembrança deixada por mim
só para te lembrar que és luz
de um poema assim....
nana bem
Penso em ti... poema vida
penso em ti
quando olho o vazio
a saudade aperta
e o sonho não vem
penso em ti
fugindo ao silencio
porque em ti
há uma melodia
penso em ti
no sopro do vento
porque sei que ao vento
embalas o dia
penso em ti
no calor da alma
porque sei que a calma
vem do teu olhar
penso em ti
nas ruas da cidade
na saudade de um encontro
na esperança de um café
penso em ti
num roer de unhas
num olhar tão cumplice
que desafia o tempo
penso em ti
quando as palavras vem
o sonho se solta
eu vou mais além
penso em ti
quando venço o tempo
e escrevo um poema
num lugar qualquer
penso em ti
quando derroto as dores
e o teu exemplo
me leva a erguer
penso em ti
como se não houvesse medo
só sorrisos
e os teus olhos fossem a chave dos paraisos
penso em ti
porque sei sonhas
porque sei que sentes
porque sei que es
e sei ..
que pelo teu sorrir...
pelo teu sonhar...
pelos sonhos de ir
pelo teu olhar
pela tua força
pelos sentimentos
ao sabor dos ventos
que embalam teus cabelos
há uma união
há uma partilha
há um sonho que nasce
em cada poema
e sei que tu me entendes
mesmo quando escondo
e sei que me encontras
mesmo quando me perco
e sei ...
que não importa os medos
não importa as dores
nem os desamores
tu vais ser feliz
senhora da luz
musa dos poemas
menina mulher
dona desse olhar
que é poesia
que vence o meu dia
que me faz sonhar
e esquecer a insonia
dona desse sorriso
flor do paraiso
estrela do céu
meu doce guia
luz para quem canto até ser dia
só para te dizer
que venha o que vier
estou contigo
poema vida
quando olho o vazio
a saudade aperta
e o sonho não vem
penso em ti
fugindo ao silencio
porque em ti
há uma melodia
penso em ti
no sopro do vento
porque sei que ao vento
embalas o dia
penso em ti
no calor da alma
porque sei que a calma
vem do teu olhar
penso em ti
nas ruas da cidade
na saudade de um encontro
na esperança de um café
penso em ti
num roer de unhas
num olhar tão cumplice
que desafia o tempo
penso em ti
quando as palavras vem
o sonho se solta
eu vou mais além
penso em ti
quando venço o tempo
e escrevo um poema
num lugar qualquer
penso em ti
quando derroto as dores
e o teu exemplo
me leva a erguer
penso em ti
como se não houvesse medo
só sorrisos
e os teus olhos fossem a chave dos paraisos
penso em ti
porque sei sonhas
porque sei que sentes
porque sei que es
e sei ..
que pelo teu sorrir...
pelo teu sonhar...
pelos sonhos de ir
pelo teu olhar
pela tua força
pelos sentimentos
ao sabor dos ventos
que embalam teus cabelos
há uma união
há uma partilha
há um sonho que nasce
em cada poema
e sei que tu me entendes
mesmo quando escondo
e sei que me encontras
mesmo quando me perco
e sei ...
que não importa os medos
não importa as dores
nem os desamores
tu vais ser feliz
senhora da luz
musa dos poemas
menina mulher
dona desse olhar
que é poesia
que vence o meu dia
que me faz sonhar
e esquecer a insonia
dona desse sorriso
flor do paraiso
estrela do céu
meu doce guia
luz para quem canto até ser dia
só para te dizer
que venha o que vier
estou contigo
poema vida
terça-feira, agosto 14, 2007
2 horas e 49 minutos
são duas horas e quarenta e nove minutos, bem duas horas e cinquenta minutos, estou acordado, o único acordado... previlégio de quem está de férias e pode tentar reencontrar-se na noite... sair com a, b, ou c...ver este ou aquele amigo e agir como se não houvesse tempo, como se não tivessemos idade, como se não houvesse silencio..
como se sonhar fosse um esperar por algo que ira acontecer e em todos nós, nos nossos corações houvesse um espaço a ser preenchido por aquele AMOR que se quer derradeiro, como se saisse de um conto de fadas, de um planeta de estrelas, de uma aventura repleta de poetas, guerreiros e dragões..
Como se um dia como por artes mágicas, ou por esforço conquistado, tudo o que fizemos de bom aos outros, tudo o que construimos, tudo o que suportamos, todas as dores.... tivessem realmente sentido no amor desse alguem, derradeira vitória do sonho.
Como se não houvesse afinal um silencio que as vezes nos liberta, mas muitas vezes nos enclausura e por isso apesar de tudo o resto um coração apartado que cansado que está apenas gostava de não ser, para não ter de fingir, para não ter de se erguer...
Sabem o que doi mesmo... a maior dor é saber que por mais que se ame y esse y nunca nos ira amar, façamos o que façamos, lutemos o que lutemos, sonhemos o que sonhemos... não porque y não nos dé valor, não porque não mereçamos, mas porque as vezes o destino tem linhas cruzadas que por mais que tentemos só se tocam no plano da amizade, por mais que estejamos lá, por mais que nos demos, por mais que em nós haja partilha, vida, essencia comum, por mais que y seja tão só o nosso horizonte, o nosso principio e o nosso fim....
pior que isso a maior dor é saber que por mais que nos ergamos, que voltemos a edificar outros sonhos, por mais que nos atrevamos, há qualquer coisa em nós que nos falta e que só sabemos dar a y, qualquer coisa sem a qual nos sentimos amputados de nós e que deliciosmamente ainda que por segundos recuperamos no contacto com os seus olhos, no toque da sua mão.
Racionalmente, para não ficarmos refens de nós mesmos o melhor era amputarmos essa parte... fazer-lhe o luto, guarda-la num cofre sem chave, queima-la nas cinzas da saudade e dos augures... mas a razão não tem nada a haver com isto, a razão não se mete nestas linhas, não é a razão que comanda, não há nada de preservação... joga-se... perde-se... amasse....vivesse.... ou não e ponto.
Ninguem pensa que y está acima do que podemos alcançar, que é a pessoa errada, ninguem endurece suficientemente a carapaça que o protege das dores, ninguem é suficientemente ermita....
Era bom que o fossemos... ou melhor era bom que houvesse uma tarefa qualquer, um caminho visivel ou invisivel, uma prova que tivessemos de superar para conquistar Y , como cavaleiros num duelo nos filmes de capa e espada, como na lenda da rosa e do rouxinol... mas não, não há nada a fazer, nada além de seguirmos o nosso rumo, esperar novas sortes... nada além de mergulhar numa solidão que se estivermos atentos, cada vez mais se revela colectiva e é visivel nos olhos de quem sai a noite, como se não houvesse tempo, como se não houvesse dia, como se as férias fossem a vida...
mas há tempo... os minutos escapam e com eles passam as horas.... são agora 3 e 35 da manhã....
só a falta de sono permanece, so o vazio permanece... mesmo após este texto....
Mas também só escrevi isto porque não conseguia dormir sem explodir.... porque me cansei de dizer aos outros, ainda hoje o fiz três vezes, com três pessoas... que estou bem...
porque estou demasiado cansado de me inventar buscador de luzes quando sei que a verdadeira luz nada tem a haver com elas... porque não tenho outra alternativa senão faze-lo.....
porque preciso de enfrentar isto para não me enganar e não enganar ninguem...
e faço-o aqui porque sei que como eu há tantas e tantas pessoas, com o mesmo desamor, com a mesma incapacidade de mostrar a y o que sentem, por saber que o que escrevi ... que este vazio, assumir este vazio é e pode ser ser sempre um recomeço...
porque tenho, temos de aranjar forças e pensar em novas esperanças
porque amanha é um novo dia.
boa madrugada
como se sonhar fosse um esperar por algo que ira acontecer e em todos nós, nos nossos corações houvesse um espaço a ser preenchido por aquele AMOR que se quer derradeiro, como se saisse de um conto de fadas, de um planeta de estrelas, de uma aventura repleta de poetas, guerreiros e dragões..
Como se um dia como por artes mágicas, ou por esforço conquistado, tudo o que fizemos de bom aos outros, tudo o que construimos, tudo o que suportamos, todas as dores.... tivessem realmente sentido no amor desse alguem, derradeira vitória do sonho.
Como se não houvesse afinal um silencio que as vezes nos liberta, mas muitas vezes nos enclausura e por isso apesar de tudo o resto um coração apartado que cansado que está apenas gostava de não ser, para não ter de fingir, para não ter de se erguer...
Sabem o que doi mesmo... a maior dor é saber que por mais que se ame y esse y nunca nos ira amar, façamos o que façamos, lutemos o que lutemos, sonhemos o que sonhemos... não porque y não nos dé valor, não porque não mereçamos, mas porque as vezes o destino tem linhas cruzadas que por mais que tentemos só se tocam no plano da amizade, por mais que estejamos lá, por mais que nos demos, por mais que em nós haja partilha, vida, essencia comum, por mais que y seja tão só o nosso horizonte, o nosso principio e o nosso fim....
pior que isso a maior dor é saber que por mais que nos ergamos, que voltemos a edificar outros sonhos, por mais que nos atrevamos, há qualquer coisa em nós que nos falta e que só sabemos dar a y, qualquer coisa sem a qual nos sentimos amputados de nós e que deliciosmamente ainda que por segundos recuperamos no contacto com os seus olhos, no toque da sua mão.
Racionalmente, para não ficarmos refens de nós mesmos o melhor era amputarmos essa parte... fazer-lhe o luto, guarda-la num cofre sem chave, queima-la nas cinzas da saudade e dos augures... mas a razão não tem nada a haver com isto, a razão não se mete nestas linhas, não é a razão que comanda, não há nada de preservação... joga-se... perde-se... amasse....vivesse.... ou não e ponto.
Ninguem pensa que y está acima do que podemos alcançar, que é a pessoa errada, ninguem endurece suficientemente a carapaça que o protege das dores, ninguem é suficientemente ermita....
Era bom que o fossemos... ou melhor era bom que houvesse uma tarefa qualquer, um caminho visivel ou invisivel, uma prova que tivessemos de superar para conquistar Y , como cavaleiros num duelo nos filmes de capa e espada, como na lenda da rosa e do rouxinol... mas não, não há nada a fazer, nada além de seguirmos o nosso rumo, esperar novas sortes... nada além de mergulhar numa solidão que se estivermos atentos, cada vez mais se revela colectiva e é visivel nos olhos de quem sai a noite, como se não houvesse tempo, como se não houvesse dia, como se as férias fossem a vida...
mas há tempo... os minutos escapam e com eles passam as horas.... são agora 3 e 35 da manhã....
só a falta de sono permanece, so o vazio permanece... mesmo após este texto....
Mas também só escrevi isto porque não conseguia dormir sem explodir.... porque me cansei de dizer aos outros, ainda hoje o fiz três vezes, com três pessoas... que estou bem...
porque estou demasiado cansado de me inventar buscador de luzes quando sei que a verdadeira luz nada tem a haver com elas... porque não tenho outra alternativa senão faze-lo.....
porque preciso de enfrentar isto para não me enganar e não enganar ninguem...
e faço-o aqui porque sei que como eu há tantas e tantas pessoas, com o mesmo desamor, com a mesma incapacidade de mostrar a y o que sentem, por saber que o que escrevi ... que este vazio, assumir este vazio é e pode ser ser sempre um recomeço...
porque tenho, temos de aranjar forças e pensar em novas esperanças
porque amanha é um novo dia.
boa madrugada
sexta-feira, agosto 10, 2007
a ti
decidi-me a escrever-te
porque me apeteceu
porque as saudades foram muitas
porque a poesia pedia
porque me pediste
porque sem vir cá não era
e o dia não seria
um sorriso alegre
o teu sorriso alegre
e a vida não teria
a cor e a harmonia
que tem quando te leio
quando sei que tu me lés
e nos sentimos próximos
como se não houvesse tempo
como se a distancia fosse nula..
como se não houvessem dores,
como se o mar ,
os ventos, e as chuvas
meus e teus ...
me trouxessem novas de ti,
só por tocarem o teu rosto
só por se dissolverem
no teu sorriso,
so por beberes
das suas fontes...
decidi escrever-te
precisamente
porque preciso
da te saber alegre
de te fazer sorrir
de te imaginar a rir
quando me leres...
e então sei que com este email
receberas um beijo meu,
como se não houvesse tempo...
beijo
mágico
meigo
amigo,
irmão,
terno,
denso
meu.
para ti
por estares ai
por estares aqui
por seres tão...
doce...
terna...
tu
porque me apeteceu
porque as saudades foram muitas
porque a poesia pedia
porque me pediste
porque sem vir cá não era
e o dia não seria
um sorriso alegre
o teu sorriso alegre
e a vida não teria
a cor e a harmonia
que tem quando te leio
quando sei que tu me lés
e nos sentimos próximos
como se não houvesse tempo
como se a distancia fosse nula..
como se não houvessem dores,
como se o mar ,
os ventos, e as chuvas
meus e teus ...
me trouxessem novas de ti,
só por tocarem o teu rosto
só por se dissolverem
no teu sorriso,
so por beberes
das suas fontes...
decidi escrever-te
precisamente
porque preciso
da te saber alegre
de te fazer sorrir
de te imaginar a rir
quando me leres...
e então sei que com este email
receberas um beijo meu,
como se não houvesse tempo...
beijo
mágico
meigo
amigo,
irmão,
terno,
denso
meu.
para ti
por estares ai
por estares aqui
por seres tão...
doce...
terna...
tu
sexta-feira, agosto 03, 2007
Cavaleiros andantes
Dom Quixote de la Mancha - por Salvador Dali
Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras
Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua
Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
Rui Veloso - in albuns: O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois (2000); Rui Veloso (1986); Rui Veloso ao Vivo (1988) e O Concerto Acústico: nunca me esqueci de ti (2003)
Cavaleiro Andante
Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras
Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua
Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
Rui Veloso - in albuns: O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois (2000); Rui Veloso (1986); Rui Veloso ao Vivo (1988) e O Concerto Acústico: nunca me esqueci de ti (2003)
Porque as vezes o sonho mora, nas reentrancias da vida e a alma se agiganta, numa esperança que muitas vezes parece perdida sem o estar.
Porque todos nós temos um pouco de fadas e principes e mesmo que o neguemos sonhamos com aventuras, bruxas e dragões ....
Porque em nós há muito de poetas, de guerreiros, muito de busca.. e todos nós temos um pouco de Dom Quixote, de Quasimodo de joana D´ Arc ou de Ivanhoe e agimos com lealdade, honra e de sentimentos a flor da pele....
Presto aqui uma singela homenagem a todos os que mantém na vida essa faceta de cavaleiros andantes, conjugação perfeita de sonho e de ser, de poesia e amor , honra e devir, na esperança de que em todas as batalhas mantenham viva a luz do sonho.
BOM FIM DE SEMANA
quarta-feira, agosto 01, 2007
para ti... na hora do lusco-fusco
Pelo sorriso,
pelo despertar
Porque é preciso
Que haja luz no teu olhar
Porque às vezes
Parece que tudo é errado
Que os caminhos são cortados
E os sonhos encobertos
E a vida dói-nos
Dentro do coração
Como se sonhar
Fosse morrer aos poucos
Há que recordar
Que após a tempestade há a acalmia
E depois da noite escura
virá sempre um novo dia
Para que poesia
Dos teus olhos
Se inunde de sonho
Na hora do lusco-fusco
E este poeta
Tenha razão de existir
Escrevo-te este poema
Só para te fazer rir
Para que sejam quais forem
Os rumos da vida
Mantenhas acesa a esperança
De que dor dará lugar à felicidade
E saibas que sejam quais forem
Os ventos que soprarem
Arrasem o que arrasarem
Serão ventos de mudança
Porque aconteça o que acontecer
Haja o que houver
Dor ou alegria
Sonho ou cansaço
Por maior que seja o embaraço
em ti há sonho, em ti há luz
por isso faz com que em ti
more a alegria
Por teres esse sorriso
Por seres poema
Por seres luz acesa
Ou agora o meu tema
Voa como ave
Que os céus são teus
E em ti mora a luz
Que afasta os breus
Por isso esquece as mágoas
E as tristezas
Por isso esquece os medos
E as feridas
Com o tempo as cicatrizes
Serão medalhas
E a vitória é sempre
uma conquista
Porque o futuro é teu
Por sonho conquistado
E o amanha trará com ele
Como cavaleiro andante
Muito amor
Muita Amizade
Muita paz
Sonho e fantasia
..... Acredita em ti
pelo despertar
Porque é preciso
Que haja luz no teu olhar
Porque às vezes
Parece que tudo é errado
Que os caminhos são cortados
E os sonhos encobertos
E a vida dói-nos
Dentro do coração
Como se sonhar
Fosse morrer aos poucos
Há que recordar
Que após a tempestade há a acalmia
E depois da noite escura
virá sempre um novo dia
Para que poesia
Dos teus olhos
Se inunde de sonho
Na hora do lusco-fusco
E este poeta
Tenha razão de existir
Escrevo-te este poema
Só para te fazer rir
Para que sejam quais forem
Os rumos da vida
Mantenhas acesa a esperança
De que dor dará lugar à felicidade
E saibas que sejam quais forem
Os ventos que soprarem
Arrasem o que arrasarem
Serão ventos de mudança
Porque aconteça o que acontecer
Haja o que houver
Dor ou alegria
Sonho ou cansaço
Por maior que seja o embaraço
em ti há sonho, em ti há luz
por isso faz com que em ti
more a alegria
Por teres esse sorriso
Por seres poema
Por seres luz acesa
Ou agora o meu tema
Voa como ave
Que os céus são teus
E em ti mora a luz
Que afasta os breus
Por isso esquece as mágoas
E as tristezas
Por isso esquece os medos
E as feridas
Com o tempo as cicatrizes
Serão medalhas
E a vitória é sempre
uma conquista
Porque o futuro é teu
Por sonho conquistado
E o amanha trará com ele
Como cavaleiro andante
Muito amor
Muita Amizade
Muita paz
Sonho e fantasia
..... Acredita em ti
domingo, julho 29, 2007
3 olhares sobre o vazio... talvez porque me sinto assim...
A cidade não é a solidão porque a cidade aniquila tudo o que povoa a solidão. A cidade é o vazio
La Rochelle , Pierre
O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio
Braque , Georges
O vazio é a dor que nos amordaça os sonhos
eu .
La Rochelle , Pierre
O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio
Braque , Georges
O vazio é a dor que nos amordaça os sonhos
eu .
sexta-feira, julho 13, 2007
sábado, julho 07, 2007
o amor é ... simplesmente um comentário que se tornou post
o amor é esse nada que é... tudo
esse tudo que é nada...
a vida a correr-nos nas veias...
um troar qualquer de coração....
qualquer coisa que se perdeu
para que nos encontrassemos...
qualquer coisa qua achamos
sem a qual não seriamos...
o amor é prosa...
poesia......
uma aventura...
um pôr do sol......
um chocolate...
o teu sorriso.....
tudo
esse tudo que é nada...
a vida a correr-nos nas veias...
um troar qualquer de coração....
qualquer coisa que se perdeu
para que nos encontrassemos...
qualquer coisa qua achamos
sem a qual não seriamos...
o amor é prosa...
poesia......
uma aventura...
um pôr do sol......
um chocolate...
o teu sorriso.....
tudo
sábado, junho 30, 2007
A essência da poesia
... um magnifico texto de Pablo Neruda
"Não aprendi nos livros qualquer receita para a composição de um poema; e não deixarei impresso, por meu turno, nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. Se narrei neste discurso alguns sucessos do passado, se revivi um nunca esquecido relato nesta ocasião e neste lugar tão diferentes do sucedido, é porque durante a minha vida encontrei sempre em alguma parte a asseveração necessária, a fórmula que me aguardava, não para se endurecer nas minhas palavras, mas para me explicar a mim próprio. Encontrei, naquela longa jornada, as doses necessárias para a formação do poema. Ali me foram dadas as contribuições da terra e da alma. E penso que a poesia é uma acção passageira ou solene em que entram em doses medidas a solidão e solidariedade, o sentimento e a acção, a intimidade da própria pessoa, a intimidade do homem e a revelação secreta da Natureza. E penso com não menor fé que tudo se apoia - o homem e a sua sombra, o homem e a sua atitude, o homem e a sua poesia - numa comunidade cada vez mais extensa, num exercício que integrará para sempre em nós a realidade e os sonhos, pois assim os une e confunde.
E digo igualmente que não sei, depois de tantos anos, se aquelas lições que recebi ao cruzar um rio vertiginoso, ao dançar em torno do crânio de uma vaca, ao banhar os pés na água purificadora das mais elevadas regiões, digo que não sei se aquilo saía de mim mesmo para se comunicar depois a muitos outros seres ou era a mensagem que os outros homens me enviavam como exigência ou embrazamento. Não sei se aquilo o vivi ou escrevi, não sei se foram verdade ou poesia, transição ou eternidade, os versos que experimentei naquele momento, as experiências que cantei mais tarde. De tudo aquilo, amigos, surge um ensinamento que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos conduzem ao mesmo ponto: à comunicação do que somos. E é necessário atravessar a solidão e aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar com hesitação ou cantar com melancolia, mas nessa dança ou nessa canção acham-se consumados os mais antigos ritos da consciência; da consciência de serem homens e de acreditarem num destino comum. "
Pablo Neruda, in 'Nasci para Nascer' (Discurso na entrega do Prémio Nobel)
... para quem ama a poeisa... o sonho... a vida
segunda-feira, junho 25, 2007
(des)encontros
quinta-feira, junho 21, 2007
verão
Hoje começa o verão...
renovam-se os sonhos na promessa de calor...
descobre-se um novo alento no renovar dos raios de sol sobre a pele...
sorriem as almas como se repletas de luz....
os pés descobertos atrevem-se a cruzar a areia como se fosse a primeira vez, como dois adolescentes num primeiro encontro...
o corpo esse entrega-se ao mar como se a ele sempre tivesse pertencido e dessa entrega, a cada entrega, a cada mergulho parece haver sempre algo que renasce de novo, um pedacinho de alma que sai mais lavada... mais leve.
espero que este ano seja o vosso verão...
espero que este seja o meu verão.
sonhem sempre
renovam-se os sonhos na promessa de calor...
descobre-se um novo alento no renovar dos raios de sol sobre a pele...
sorriem as almas como se repletas de luz....
os pés descobertos atrevem-se a cruzar a areia como se fosse a primeira vez, como dois adolescentes num primeiro encontro...
o corpo esse entrega-se ao mar como se a ele sempre tivesse pertencido e dessa entrega, a cada entrega, a cada mergulho parece haver sempre algo que renasce de novo, um pedacinho de alma que sai mais lavada... mais leve.
espero que este ano seja o vosso verão...
espero que este seja o meu verão.
sonhem sempre
sábado, junho 16, 2007
mudar de ares para mudar de vida
Pois é decidi mudar o aspecto do blog... estava a ficar demasiado deprimente e claustrofóbico.
Quer-se alegria... quer-se felicidade... quer-se amor concretizado... gestos... abraços... beijos... sonho.
Chega de tristezas, chega de lamentos..
temos de agarrar-nos ao mundo com a mesma garra, com que as gaivotas desta foto que tirei na suiça, ousam desafiar os ventos e os 3 graus de temperatura para pescar.
gosto de voces..
sonhem sempre
segunda-feira, junho 11, 2007
Para a Margarida Cardeal
"A tristeza é a manifestação mais bela da poesia".
margarida cardeal
ha coisas na vida que ultrapassam a nossa finitude
ocasos que de repente ou não se tornam reais...
uma essencia qualquer que se revela sem pressas sem medos..
uma vontade de ir que ao mesmo tempo nos retem... nos prende aqui.
qualquer coisa de insplicavel que no momento certo nos dira levanta-te e sé..
tem esperança.
escolhi esta citação e assim esta homenagem pois num dos topicos anteriores descobri uma mensagem a pedir-me para ver um post de maio de 2006... disse esse alguem que me tinha deixado uma mensagem lá ...
qual não foi o meu espanto quando no post dedicado à peça azul a cores descobri uma mensagem daquela que é para mim a minha actriz portuguesa favorita... exacto a Margarida Cardeal.
eu sei que num dos posts anteriores, sobre os seis graus, tinha falado da possibilidade de conhecermos qualquer pessoa no mundo mas prova-lo assim... ter a visita da margarida neste espaço é algo que revigora, que dá ao próprio espaço mais um pedacinho de brilho.
Por isso a ti Margarida queria agradecer-te pela mensagem que deixaste e dizer-te que te considero uma actriz fora de série e que admiro muito a capacidade que tens de ser tão versatil nos papeis que fazes quer na tv quer no teatro.
nunca esquecerei a garra e o sentimento que revelaste na peça azul a cores, que vi quando vieste a leiria, nem o quanto... mesmo para mim um aprendiz de actor... conseguiste elevar o palco a dimensão do sonho.
margarida cardeal
ha coisas na vida que ultrapassam a nossa finitude
ocasos que de repente ou não se tornam reais...
uma essencia qualquer que se revela sem pressas sem medos..
uma vontade de ir que ao mesmo tempo nos retem... nos prende aqui.
qualquer coisa de insplicavel que no momento certo nos dira levanta-te e sé..
tem esperança.
escolhi esta citação e assim esta homenagem pois num dos topicos anteriores descobri uma mensagem a pedir-me para ver um post de maio de 2006... disse esse alguem que me tinha deixado uma mensagem lá ...
qual não foi o meu espanto quando no post dedicado à peça azul a cores descobri uma mensagem daquela que é para mim a minha actriz portuguesa favorita... exacto a Margarida Cardeal.
eu sei que num dos posts anteriores, sobre os seis graus, tinha falado da possibilidade de conhecermos qualquer pessoa no mundo mas prova-lo assim... ter a visita da margarida neste espaço é algo que revigora, que dá ao próprio espaço mais um pedacinho de brilho.
Por isso a ti Margarida queria agradecer-te pela mensagem que deixaste e dizer-te que te considero uma actriz fora de série e que admiro muito a capacidade que tens de ser tão versatil nos papeis que fazes quer na tv quer no teatro.
nunca esquecerei a garra e o sentimento que revelaste na peça azul a cores, que vi quando vieste a leiria, nem o quanto... mesmo para mim um aprendiz de actor... conseguiste elevar o palco a dimensão do sonho.
a todos os outros que me leem quero agradecer por comentário após comentário, partilha após partilha dartem sentido a este espaço.
bem ajam
sábado, junho 09, 2007
meme
Pois é recebi um meme atribuido pela sophie.
não estou certo de estar a altura deste prémio até porque escrevo apenas porque não consigo calar e nos ultimos tempos até esse dom já é incerto..
de qualquer forma aceito-o agradecendo desde ja a todos voces que me leem pelo facto de tornarem este blog um cantinho de sonho .
quanto as pessoas que nomeio e porque esta comunidade de partilha as vezes corre nos mesmos rios :-)
nomeio a sophie, a lisa, e a sabine do insustentaveleveza.
Espero que todos juntos possamos continuar a derramar-nos em palavras
já agora aproveito também este espaço de confidencias para homenagear a grande carla.. madrinha deste espaço sem o qual a sua existencia não era de todo possivel.
carla ... o mundo dos blogs precisa do teu brilho...
estas cá dentro a cada linha que escrevo.
bem ajam a todos
quinta-feira, junho 07, 2007
QUASE
Luis Fernando Veríssimo, um cronista brasileiro, escreveu este texto magnífico:
“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
sexta-feira, junho 01, 2007
sexta-feira, maio 25, 2007
Este ano ...estou a formatar-me:
Este ano ...estou a formatar-me:
- deixei ir a pessoa que pensava amar, depois de três anos sem conseguir que ela acreditasse.
- a pessoa que me amava sem que eu conseguisse ama-la seguiu o seu rumo.
-percebi que este vazio se alonga minuto a minuto na cadência de um relogio em que o tempo se perde.
- percebi que as vezes a palavra amor e medo se cruzam nas linhas do percurso.
- descobri que a inocencia não é boa quando derivada da inexperiencia e que as vezes deveriamos ter falhado mil vezes antes desta para que esta não falhasse.
- descobri que as vezes resistir é perder e desistir tomar novos caminhos.
- percebi que as vezes rendermos-nos é vencer...e que há jogos em que se perde sempre.
-descobri que as vezes não confessar o nosso amor não é cobardia mas afinco.
- percebi que o silencio as vezes é diálogo e que há diálogos que se tem em silencio.
- percebi o valor do tempo que passamos com os amigos e que as vezes há amigos que se perdem com o tempo.
-descobri que as vezes é tão importante dizer a alguém para ficar como é deixa-la ir...
- percebi que o sabor da lágrima é ou pode ser tão importante como o sabor do beijo.. e que nas lágrimas vamos morrendo pouco a pouco.
- percebi que estar só as vezes é estar vazio... sobretudo quando já se aprendeu o valor do beijo, o valor do abraço, o valor do corpo e o quão bom seria ter permanecido na ingenuidade.
- descobri que a poesia é irmos-nos derramando letra a letra e que crescer é o formatar a linha dos sonhos, num volte-face da imaginação...
só espero descobrir que ficou algo de mim além de tudo isto..
algo do nada que ainda sou...
- deixei ir a pessoa que pensava amar, depois de três anos sem conseguir que ela acreditasse.
- a pessoa que me amava sem que eu conseguisse ama-la seguiu o seu rumo.
-percebi que este vazio se alonga minuto a minuto na cadência de um relogio em que o tempo se perde.
- percebi que as vezes a palavra amor e medo se cruzam nas linhas do percurso.
- descobri que a inocencia não é boa quando derivada da inexperiencia e que as vezes deveriamos ter falhado mil vezes antes desta para que esta não falhasse.
- descobri que as vezes resistir é perder e desistir tomar novos caminhos.
- percebi que as vezes rendermos-nos é vencer...e que há jogos em que se perde sempre.
-descobri que as vezes não confessar o nosso amor não é cobardia mas afinco.
- percebi que o silencio as vezes é diálogo e que há diálogos que se tem em silencio.
- percebi o valor do tempo que passamos com os amigos e que as vezes há amigos que se perdem com o tempo.
-descobri que as vezes é tão importante dizer a alguém para ficar como é deixa-la ir...
- percebi que o sabor da lágrima é ou pode ser tão importante como o sabor do beijo.. e que nas lágrimas vamos morrendo pouco a pouco.
- percebi que estar só as vezes é estar vazio... sobretudo quando já se aprendeu o valor do beijo, o valor do abraço, o valor do corpo e o quão bom seria ter permanecido na ingenuidade.
- descobri que a poesia é irmos-nos derramando letra a letra e que crescer é o formatar a linha dos sonhos, num volte-face da imaginação...
só espero descobrir que ficou algo de mim além de tudo isto..
algo do nada que ainda sou...
terça-feira, maio 22, 2007
as vezes
... as vezes... mesmo sem saber porque... acho que todos precisavamos de um interregno de espaço para descobrir quem somos...
outras vezes... tenho quase a certeza que cada segundo de existência faz parte de um designio qualquer para descobrirmos a luz que mora em nós...
nessas vezes apetece-me estar de olhos abertos e coração exposto... apetece-me fazer como um louco que à chuva estava na praça no outro dia... com a gabardine aberta a gritar aos céus escuros... "podem vir... podem vir... eu estou aqui e não me assustam" .
Pois venha o que vier... aconteça o que acontecer... o sonho irá continuar a existir
outras vezes... tenho quase a certeza que cada segundo de existência faz parte de um designio qualquer para descobrirmos a luz que mora em nós...
nessas vezes apetece-me estar de olhos abertos e coração exposto... apetece-me fazer como um louco que à chuva estava na praça no outro dia... com a gabardine aberta a gritar aos céus escuros... "podem vir... podem vir... eu estou aqui e não me assustam" .
Pois venha o que vier... aconteça o que acontecer... o sonho irá continuar a existir
segunda-feira, maio 14, 2007
fazes-me falta sabes
não não é da tua presença fisíca que tenho saudades...
a ausência física é suportável... já não é de hoje e com o tempo deixou de ser notada...
a ausência que me doi nada tem de material... nada tem de contingente...antes tivesse
o que me falta é sentir o calor do teu sorriso nos meus olhos... aquele tremer terno que me percorria o corpo quando pensava em ti...
o que me doi é aquele não sei qué que deixou desocupado o meu coração onde estava protegido há tanto tempo...só por preferir não sei porqué o frio dos dias ao meu aconchego...
o que me doi é de repente pensar que te foste... ainda que sendo e continuando a ser minha amiga... porque não consegui mostrar-te que eras a luz que morava nos meus olhos... mais que isso por não ter conseguido ser a luz que brilhava sobre os teus...
o que me doi mesmo .. é pensar que mesmo com esse vazio deixado pelo não sei qué que se perdeu... mesmo sem ti, amada... circe.. o meu coração não se findou... e eu quer queira quer não queira irei continuar a existir...
a ausência física é suportável... já não é de hoje e com o tempo deixou de ser notada...
a ausência que me doi nada tem de material... nada tem de contingente...antes tivesse
o que me falta é sentir o calor do teu sorriso nos meus olhos... aquele tremer terno que me percorria o corpo quando pensava em ti...
o que me doi é aquele não sei qué que deixou desocupado o meu coração onde estava protegido há tanto tempo...só por preferir não sei porqué o frio dos dias ao meu aconchego...
o que me doi é de repente pensar que te foste... ainda que sendo e continuando a ser minha amiga... porque não consegui mostrar-te que eras a luz que morava nos meus olhos... mais que isso por não ter conseguido ser a luz que brilhava sobre os teus...
o que me doi mesmo .. é pensar que mesmo com esse vazio deixado pelo não sei qué que se perdeu... mesmo sem ti, amada... circe.. o meu coração não se findou... e eu quer queira quer não queira irei continuar a existir...
segunda-feira, maio 07, 2007
rascunho
Rascunho. Plano... Projecto... Ensaio... Tirar a sorte... Palavra a palavra. .. Um sonho emberbe . Ensaiar a vida . Sonho após sonho. Sonho sem pressa. Um degrau na escada da imaginação. Passo pueril dado na vida . Passo após passo. Pé ante pé. Tentativa após tentativa. Tentativa e erro. Erro sem o qual o sonho nao se faz. Folhas rabiscadas ... Amarrotadas para aprender a vida. Para aprender o sonho.
Um beijo.. Aquele beijo adolescente que muitas vezes demos na almofada. Aquele amo-te que vez apos vez ensaiamos dizer ao espelho.
Os nãos que as vezes temos de suportar para dar valor aos sins.
O firmar das asas com que se da o primeiro voo.
A capacidade de arriscar, de ser, de amar.. Ou simplesmente... Aquilo que eu nao faço. .. Porque nestas andanças da escrita. A poesia escapasse-me letra a letra...Sem ensaios... Como se soubesse que o meu coraçao nao é capaz de conter o sentimento...
Um beijo.. Aquele beijo adolescente que muitas vezes demos na almofada. Aquele amo-te que vez apos vez ensaiamos dizer ao espelho.
Os nãos que as vezes temos de suportar para dar valor aos sins.
O firmar das asas com que se da o primeiro voo.
A capacidade de arriscar, de ser, de amar.. Ou simplesmente... Aquilo que eu nao faço. .. Porque nestas andanças da escrita. A poesia escapasse-me letra a letra...Sem ensaios... Como se soubesse que o meu coraçao nao é capaz de conter o sentimento...
quinta-feira, abril 26, 2007
Sexo
Viver o corpo...
sobre um corpo
A pele ...
sobre a pele
viver o gesto...
Gesto após gesto
Beijo após beijo
As mãos ...
sobre as mãos
Coração...
sobre coração
Respirar...
sob respirar.
Viver o corpo
A nudez do corpo
despir a alma
dar o nosso corpo
receber um corpo...
deixarem de ser...
dois corpos
renascerem...
dois corpos
corporalizar o turbilhão
que vai dentro da alma
materializar os sentimentos
...pelos gestos
gestos após gestos
tornar-me raiz...
ser raiz...
a face visível do amor
ou o lado de cá da lua..
uma metade da maça
que sem o sentir...
perde sentido
a essência...
parte desta essência
que é a vida
sobre um corpo
A pele ...
sobre a pele
viver o gesto...
Gesto após gesto
Beijo após beijo
As mãos ...
sobre as mãos
Coração...
sobre coração
Respirar...
sob respirar.
Viver o corpo
A nudez do corpo
despir a alma
dar o nosso corpo
receber um corpo...
deixarem de ser...
dois corpos
renascerem...
dois corpos
corporalizar o turbilhão
que vai dentro da alma
materializar os sentimentos
...pelos gestos
gestos após gestos
tornar-me raiz...
ser raiz...
a face visível do amor
ou o lado de cá da lua..
uma metade da maça
que sem o sentir...
perde sentido
a essência...
parte desta essência
que é a vida
segunda-feira, abril 23, 2007
seis graus... a verdade para lá da série
SEIS GRAUS ... a verdade para lá da série...
Num blog voltado para o sonho e para a poesia, tem concerteza lugar uma referencia à série “Seis Graus” que estreou esta semana no AXN e que foi produzida entre outras pessoas por J. J. Abrams, que também produziu as reputadas séries “A Vingadora» e «Perdidos»
Esta série alicerçada na história de seis pessoas de Nova Iorque, muito diferentes entre sí, que vivem as suas próprias vidas, aparentemente sem ligação comum, mas que sem darem conta disso, exercem contudo um impacto nas vidas de outros numa misteriosa cadeia de coincidências que vai aproximá-las, mudando o rumo das suas existências para sempre.
Sumariamente os personagens desta teia são:
Laura (Hope Davis) - uma mãe solteira que lamenta a perda do companheiro, que morre durante uma reportagem na guerra do Iraque.
Whitney (Bridget Moynahan), uma executiva publicitária bem sucedida e segura de si que acredita estar a ser enganada pelo namorado.
Steven (Campbell Scott), um fotógrafo artístico que no passado foi genial mas que após problemas relacionados com o consumo de drogas acredita ter perdido o talento e anseia por uma nova oportunidade.
Damian (Dorian Missick), um homem que não pode escapar ao passado criminoso do irmão e que vive o conflito entre os laços de sangue e a justiça.
Mae (Erika Christensen), uma jovem bela, livre e extrovertida, mas com um passado perigoso que tenta ocultar a qualquer custo.
Carlos (Jay Hernandez), um responsável e honesto funcionário do tribunal de Nova Iorque, perdidamente apaixonado, mas que não sabe onde o pode levar esse sentimento.
Esta série, feita de retratos do quotidiano, que se sucedem sem grandes forsings choca pela simplicidade e pela mensagem que transmite, fazendo-nos recordar que independentemente do rumo que levem as nossas vidas o amor, o êxito, a paz ou o perdão podem estar ao virar de cada esquina, mas também se podem perder num milésimo de segundo.
Se fosse uma mera ficção a série valeria por ela própria só por isso, mas pasmem-se... esta teoria tem uma raiz científica. Com efeito apartir de um estudo realizado por Milgram (MILGRAM, S. The small word problem. Psychology. Today 2, 60-67, 1967), chegou-se à conclusão que no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.
Neste estudo, feito nos Estados Unidos, procurou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer da sua relação que tivesse maior possibilidade de conhecer a pessoa alvo. Esta, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo.
A popularidade da crença no facto de que o número máximo de passos entre duas pessoas é 6 (seis) gerou, em 1990, uma peça de nome "Six Degrees of Separation", de John Guare, bem como um filme com o mesmo nome.
Um exemplo interessante deste estudo pode encontrado num jogo para a Internet denominado Oráculo de Bacon (The Oracle of Bacon).
O jogo, criado por Brett Tjaden, um cientista da computação da Universidade de Virgínia, e mantido, actualmente, por Patrick Reynolds mostra como o actor Kevin Bacon, se relaciona com os demais artistas, sejam de filmes americanos ou não.
Para exemplificar, a actriz Fernanda Montenegro tem um número Bacon 3, obtido da seguinte forma: ela actuou em Joana Francesa (1973) com Jeanne Moreau; esta actuou com Eli Wallach em The Victors (1963) e, finalmente, este actuou com Kevin Bacon em Mystic River (2003). Já Carmem Miranda tem um número de Bacon de 2 e Mazzaropi, 3. Pode-se, também calcular a distância geodésica entre quaisquer pares de actores. Assim entre Fernanda Montenegro e Carmem Miranda, a distância é de 2 porque Fernanda Montenegro actuou em Mãos Sangrentas (1955) com Heloísa Helena, que por sua vez actuou em Aló Aló Carnaval (1936) com Carmem Miranda.
Pessoalmente vivi já acontecimentos bastante curiosos que exemplificam esta possibilidade, sendo o mais recente o facto de sem conhecer uma ou outra previamente e sem saber que elas tinham um passado comum ser ao mesmo tempo amigo da Mónica, que conheço das andanças deste blog e que mora para os lados de Moimenta e da Raquel, sócia do meu bar favorito, “o Neckob” e que conheci o ano passado nos momentos em que um chá mil e uma noites e dois bons dedos de conversa nos transportam para a essência do deserto.... e o giro é que elas não se viam há muito tempo e chegamos à conclusão que tinhamos esta amizade em comum numa simples conversa sobre um comentário ao meu blog,
Curioso não é... esta teoria abre-nos infinitas possibilidades em todos os domínios, mesmo no amor, até porque e deixando-nos levar pela imaginação sendo certo que todos temos por hipótese “uma cara metade” existirá já alguém das nossas relações que a conhece, ou que conhece alguém que a conhece... por isso... sorriso nos lábios e toca a inventar o sonho. A felicidade está ao virar da esquina... e já agora quando a encontrarem... agarrem-se a ela com unhas e dentes...
Bem ajam...
Num blog voltado para o sonho e para a poesia, tem concerteza lugar uma referencia à série “Seis Graus” que estreou esta semana no AXN e que foi produzida entre outras pessoas por J. J. Abrams, que também produziu as reputadas séries “A Vingadora» e «Perdidos»
Esta série alicerçada na história de seis pessoas de Nova Iorque, muito diferentes entre sí, que vivem as suas próprias vidas, aparentemente sem ligação comum, mas que sem darem conta disso, exercem contudo um impacto nas vidas de outros numa misteriosa cadeia de coincidências que vai aproximá-las, mudando o rumo das suas existências para sempre.
Sumariamente os personagens desta teia são:
Laura (Hope Davis) - uma mãe solteira que lamenta a perda do companheiro, que morre durante uma reportagem na guerra do Iraque.
Whitney (Bridget Moynahan), uma executiva publicitária bem sucedida e segura de si que acredita estar a ser enganada pelo namorado.
Steven (Campbell Scott), um fotógrafo artístico que no passado foi genial mas que após problemas relacionados com o consumo de drogas acredita ter perdido o talento e anseia por uma nova oportunidade.
Damian (Dorian Missick), um homem que não pode escapar ao passado criminoso do irmão e que vive o conflito entre os laços de sangue e a justiça.
Mae (Erika Christensen), uma jovem bela, livre e extrovertida, mas com um passado perigoso que tenta ocultar a qualquer custo.
Carlos (Jay Hernandez), um responsável e honesto funcionário do tribunal de Nova Iorque, perdidamente apaixonado, mas que não sabe onde o pode levar esse sentimento.
Esta série, feita de retratos do quotidiano, que se sucedem sem grandes forsings choca pela simplicidade e pela mensagem que transmite, fazendo-nos recordar que independentemente do rumo que levem as nossas vidas o amor, o êxito, a paz ou o perdão podem estar ao virar de cada esquina, mas também se podem perder num milésimo de segundo.
Se fosse uma mera ficção a série valeria por ela própria só por isso, mas pasmem-se... esta teoria tem uma raiz científica. Com efeito apartir de um estudo realizado por Milgram (MILGRAM, S. The small word problem. Psychology. Today 2, 60-67, 1967), chegou-se à conclusão que no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.
Neste estudo, feito nos Estados Unidos, procurou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer da sua relação que tivesse maior possibilidade de conhecer a pessoa alvo. Esta, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo.
A popularidade da crença no facto de que o número máximo de passos entre duas pessoas é 6 (seis) gerou, em 1990, uma peça de nome "Six Degrees of Separation", de John Guare, bem como um filme com o mesmo nome.
Um exemplo interessante deste estudo pode encontrado num jogo para a Internet denominado Oráculo de Bacon (The Oracle of Bacon).
O jogo, criado por Brett Tjaden, um cientista da computação da Universidade de Virgínia, e mantido, actualmente, por Patrick Reynolds mostra como o actor Kevin Bacon, se relaciona com os demais artistas, sejam de filmes americanos ou não.
Para exemplificar, a actriz Fernanda Montenegro tem um número Bacon 3, obtido da seguinte forma: ela actuou em Joana Francesa (1973) com Jeanne Moreau; esta actuou com Eli Wallach em The Victors (1963) e, finalmente, este actuou com Kevin Bacon em Mystic River (2003). Já Carmem Miranda tem um número de Bacon de 2 e Mazzaropi, 3. Pode-se, também calcular a distância geodésica entre quaisquer pares de actores. Assim entre Fernanda Montenegro e Carmem Miranda, a distância é de 2 porque Fernanda Montenegro actuou em Mãos Sangrentas (1955) com Heloísa Helena, que por sua vez actuou em Aló Aló Carnaval (1936) com Carmem Miranda.
Pessoalmente vivi já acontecimentos bastante curiosos que exemplificam esta possibilidade, sendo o mais recente o facto de sem conhecer uma ou outra previamente e sem saber que elas tinham um passado comum ser ao mesmo tempo amigo da Mónica, que conheço das andanças deste blog e que mora para os lados de Moimenta e da Raquel, sócia do meu bar favorito, “o Neckob” e que conheci o ano passado nos momentos em que um chá mil e uma noites e dois bons dedos de conversa nos transportam para a essência do deserto.... e o giro é que elas não se viam há muito tempo e chegamos à conclusão que tinhamos esta amizade em comum numa simples conversa sobre um comentário ao meu blog,
Curioso não é... esta teoria abre-nos infinitas possibilidades em todos os domínios, mesmo no amor, até porque e deixando-nos levar pela imaginação sendo certo que todos temos por hipótese “uma cara metade” existirá já alguém das nossas relações que a conhece, ou que conhece alguém que a conhece... por isso... sorriso nos lábios e toca a inventar o sonho. A felicidade está ao virar da esquina... e já agora quando a encontrarem... agarrem-se a ela com unhas e dentes...
Bem ajam...
quinta-feira, abril 19, 2007
para ti... sopro do vento
Onde paras tu sopro do vento
Que furacão te levou para longe daqui
Terá sido dor.. terá sido saudade...
Terás tu ficado tão cansada de mim
Será que não sentes falta dos meus olhos
Dos meus dias....
Será que não te faltam as poesias..
Tudo o que eu fiz... embora mal
Foi tentar erguer o sonho a tua volta
Foi tentar fazer-te ave e brisa...
A minha brisa calma
Foi querer dar-te a minha alma
querer-te minha... só minha
Hoje sei...
Que foi errado tenta-lo...
E não, nunca te quis domar...
Não te quis despojar do horizonte,
Não quis privar-te de voar
Como andorinha atormentada
Nem que fosses vela acesa,
Fechada num copo de cristal
Mas o medo de te perder era grande..
Tão grande... Como grande
Era a vontade de me dar
E eu não reparei a tempo
Que a melhor forma de te ter comigo
Era dar-te tempo... dar-te espaço...
Era abrir as janelas e portas
da minha alma
E deixa-las escancaradas
para que entrasses...
Era permanecer de olhos fechados
E braços abertos ...
Para que me afagasses
quando quisesses...
....se quisesses
Era deixar-te vir livre...
Sentir-te livre e intensa...
Como só tu sabes ser...
Sim sei que me avisas-te...
Que não és a primeira ...a passar por isto..
Cometo o mesmo erro vez após vez.
Sim sei que isto acontece sempre
Já diz lenda que pardal aprisionado
é pardal morto...
que quando se tocam as asas
de uma borboleta ...
ela deixa de poder voar...
Mas eu só quis ser teu
Mas eu só quis sonhar
Traz-me essa luz
Que mora no teu olhar
Regressa sopro do vento
Da-me o teu rebelde amar
Mora no meu pensamento
Já me sinto a derribar
Volta sopro do vento
Entende o meu cantar....
Baila sopro do vento
Dentro do meu sonhar
Que furacão te levou para longe daqui
Terá sido dor.. terá sido saudade...
Terás tu ficado tão cansada de mim
Será que não sentes falta dos meus olhos
Dos meus dias....
Será que não te faltam as poesias..
Tudo o que eu fiz... embora mal
Foi tentar erguer o sonho a tua volta
Foi tentar fazer-te ave e brisa...
A minha brisa calma
Foi querer dar-te a minha alma
querer-te minha... só minha
Hoje sei...
Que foi errado tenta-lo...
E não, nunca te quis domar...
Não te quis despojar do horizonte,
Não quis privar-te de voar
Como andorinha atormentada
Nem que fosses vela acesa,
Fechada num copo de cristal
Mas o medo de te perder era grande..
Tão grande... Como grande
Era a vontade de me dar
E eu não reparei a tempo
Que a melhor forma de te ter comigo
Era dar-te tempo... dar-te espaço...
Era abrir as janelas e portas
da minha alma
E deixa-las escancaradas
para que entrasses...
Era permanecer de olhos fechados
E braços abertos ...
Para que me afagasses
quando quisesses...
....se quisesses
Era deixar-te vir livre...
Sentir-te livre e intensa...
Como só tu sabes ser...
Sim sei que me avisas-te...
Que não és a primeira ...a passar por isto..
Cometo o mesmo erro vez após vez.
Sim sei que isto acontece sempre
Já diz lenda que pardal aprisionado
é pardal morto...
que quando se tocam as asas
de uma borboleta ...
ela deixa de poder voar...
Mas eu só quis ser teu
Mas eu só quis sonhar
Traz-me essa luz
Que mora no teu olhar
Regressa sopro do vento
Da-me o teu rebelde amar
Mora no meu pensamento
Já me sinto a derribar
Volta sopro do vento
Entende o meu cantar....
Baila sopro do vento
Dentro do meu sonhar
domingo, abril 08, 2007
inconstancia...
"... acima de tudo nao quero um dia perceber que o tanto que senti de ti se perdeu no tempo... sentir que me dei em vão... que nao brotou nada do excerto que ficou da minha alma na arvore dos teus braços... na essencia da tua luz... na inconstancia de ter a tua derme sobre a minha ...
acima de tudo não quero... porque ainda não consigo... mas talvez venha a conseguir... perceber que nos tornámos estranhos de tanto nos conhecer e que poderei embora não o admita agora... recomeçar de novo e ser feliz"
Um texto que escrevi num comment do blog da Ana... porque a inconstancia as vezes tem destas coisas
termino com um poema de Florbela Espanca...
porque há tanto que sinto e não sei dizer
Aqueles que me tem muito amor
Nao sabem o que sinto e o que sou...
Nao sabem que passou, um dia, a Dor
A minha porta e, nesse dia, entrou.
E desde entao que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadencia
Que é ja tortura infinda, que é demencia!
Que é ja vontade doida de gritar!
e é sempre a mesma magoa, o mesmo tedio,
A mesma angustia funda, sem remedio,
Andando atras de mim, sem me largar!
Florbela Espanca
acima de tudo não quero... porque ainda não consigo... mas talvez venha a conseguir... perceber que nos tornámos estranhos de tanto nos conhecer e que poderei embora não o admita agora... recomeçar de novo e ser feliz"
Um texto que escrevi num comment do blog da Ana... porque a inconstancia as vezes tem destas coisas
termino com um poema de Florbela Espanca...
porque há tanto que sinto e não sei dizer
Aqueles que me tem muito amor
Nao sabem o que sinto e o que sou...
Nao sabem que passou, um dia, a Dor
A minha porta e, nesse dia, entrou.
E desde entao que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadencia
Que é ja tortura infinda, que é demencia!
Que é ja vontade doida de gritar!
e é sempre a mesma magoa, o mesmo tedio,
A mesma angustia funda, sem remedio,
Andando atras de mim, sem me largar!
Florbela Espanca
terça-feira, abril 03, 2007
os poetas...
onde para o sonho...
o grito... o gesto.....
a poesia faz-se do sentir
não da razão
um poeta escreve o sofrimento
que derrama dia a dia
canta a esperança
para esquecer a desesperança
a dor para vencer a dor....
o gesto ... para recordar...
os gestos que deixou de dar
o beijo... para se lembrar
que há um principio ou um fim
que podem ser um fim...
ou um principio de tudo.
restolho e raiz....
apatia e essência...
uma lagrima....
canta a lagrima...
porque sabe tal como a água ...
a agua que lhe corre dos olhos
a mesma água que teima
em fugir-lhe entre os dedos
é impossível conter o sonho
eu
o grito... o gesto.....
a poesia faz-se do sentir
não da razão
um poeta escreve o sofrimento
que derrama dia a dia
canta a esperança
para esquecer a desesperança
a dor para vencer a dor....
o gesto ... para recordar...
os gestos que deixou de dar
o beijo... para se lembrar
que há um principio ou um fim
que podem ser um fim...
ou um principio de tudo.
restolho e raiz....
apatia e essência...
uma lagrima....
canta a lagrima...
porque sabe tal como a água ...
a agua que lhe corre dos olhos
a mesma água que teima
em fugir-lhe entre os dedos
é impossível conter o sonho
eu
terça-feira, março 27, 2007
Dia mundial do teatro
"O teatro é uma dimensão da poesia, isto é, a mais alta tentativa de conseguir que cada um de nós se envolva na verdade que não existe, e que é a razão de ser daquilo que dá sentido à existência e a essa coisa (...) que é o tempo."
Eduardo Prado Coelho
Porque estar em palco é recriar os sonhos, recriar a vida, ensair o amor, a amizade, os medos e as dores, as paixões,as dadivas e as perdas, reinventar a vida...
porque estar no palco é ser crítico... é não ser indiferente...
é dar o corpo e o gesto, dar a vós... tornar o nosso corpo noutro corpo, o nosso ser...noutro ser...deixar alguem... seja ele heroi ou vilão, poeta ou sonhador, guerreiro ou pedinte, louco ou apaixonado... fervilhar-nos nas veias e renascer vez após vez em cada içar de pano.
bem ajam a todos os que fazem teatro neste paraiso azul e livre que ainda é portugal...
Eduardo Prado Coelho
Porque estar em palco é recriar os sonhos, recriar a vida, ensair o amor, a amizade, os medos e as dores, as paixões,as dadivas e as perdas, reinventar a vida...
porque estar no palco é ser crítico... é não ser indiferente...
é dar o corpo e o gesto, dar a vós... tornar o nosso corpo noutro corpo, o nosso ser...noutro ser...deixar alguem... seja ele heroi ou vilão, poeta ou sonhador, guerreiro ou pedinte, louco ou apaixonado... fervilhar-nos nas veias e renascer vez após vez em cada içar de pano.
bem ajam a todos os que fazem teatro neste paraiso azul e livre que ainda é portugal...
quarta-feira, março 21, 2007
Dia Mundial da Poesia
O poeta canta o mundo com a mesma garra de quem vence mil batalhas, a mesma paixão de quem ama intensamente, a mesma essência de quem encontra o criador, a mesma magia de quem faz nascer uma criança.
Porque a luz essa nasce sempre nos recantos onde mora o sonho e o poeta embuído na criança eterna que ainda é não cessa de cantar o mundo, cantar a vida com olhos libertos de grilhetas, asas de ícaro, e uma imensa capacidade de sonhar .
Porque a poesia é ao mesmo tempo grito, sopro, gesto, memória, dádiva, luta, liberdade, essência, vida, no fundo o tudo e o nada, dos todos e os nadas do quotidiano.
Enquanto um poeta existir sobre a terra haverá sempre esperança na reeinvenção do sonho.
VIVA O DIA MUNDIAL DAS POESIA
Porque a luz essa nasce sempre nos recantos onde mora o sonho e o poeta embuído na criança eterna que ainda é não cessa de cantar o mundo, cantar a vida com olhos libertos de grilhetas, asas de ícaro, e uma imensa capacidade de sonhar .
Porque a poesia é ao mesmo tempo grito, sopro, gesto, memória, dádiva, luta, liberdade, essência, vida, no fundo o tudo e o nada, dos todos e os nadas do quotidiano.
Enquanto um poeta existir sobre a terra haverá sempre esperança na reeinvenção do sonho.
VIVA O DIA MUNDIAL DAS POESIA
sexta-feira, março 16, 2007
O beijo...
o turpor do beijo acende cerrado o dsejo e enaltece o sonho ... de repente o mundo teima em perder-se de palavras... a ocultar-se de gestos... a derribar-se de sonhos...
a poesia essa perde o sentido incapaz que é de descrever o sentimento.
Os poetas ou escrevem porque não beijam ou porque tendo beijado um dia ficaram de tal forma presos à memória dos lábios e da alma que que não conesguem viver sem tentarem reproduzir em palavras a profundidade do que experimentaram, tenatando ingloriamente uma perfeição inalcançavel.
Como se não soubessem que bastava o beijo e só o beijo para preservar a memória da vida.
Bom Fim de Semana
a poesia essa perde o sentido incapaz que é de descrever o sentimento.
Os poetas ou escrevem porque não beijam ou porque tendo beijado um dia ficaram de tal forma presos à memória dos lábios e da alma que que não conesguem viver sem tentarem reproduzir em palavras a profundidade do que experimentaram, tenatando ingloriamente uma perfeição inalcançavel.
Como se não soubessem que bastava o beijo e só o beijo para preservar a memória da vida.
Bom Fim de Semana
domingo, março 11, 2007
Maria Manuela Margarido
Uma sentida homenagem a Maria Margarido, poetisa santomense nascida em 1925, que desde 1953 abraçou a causa da independência e do combate anti-colonialista em África fazendo, tal como outros poetas de S. tomé e Princepe, do seu canto poetico a voz da liberdade.
Porque apesar de partires viverás sempre na forma como cantavas a beleza da tua ilha e na tenacidade com que sabias pelas palavras denunciar a miséria em que vivia o povo das "roças do café e do cacau".
Porque por cada poeta que morre uma estrela assoma aos céus, possas tu ser para sempre, aos olhos daqueles que se cruzam com os teus poemas... luz e voz da liberdade
«...
Memória da Ilha do Príncipe
Mãe, tu pegavas charroco
nas águas das ribeiras
a caminho da praia.
Teus cabelos eram lembas-lembas,
agora distantes e saudosas,
mas teu rosto escuro
desce sobre mim.
Teu rosto, liliácea
irrompendo entre o cacau,
perfumando com a sua sombra
o instante em que te descubro
no fundo das bocas graves.
Tua mão cor-de-laranja
oscila no céu de zinco
e fixa a saudade
com uns grandes olhos taciturnos.
(No sonho do Pico as mangas percorrem a órbita lenta
das orações dos ocãs e todas as feiticeiras desertam
a caminho do mal, entre a doçura das palmas).
Na varanda de marapião
os veios da madeira guardam
a marca dos teus pés leves
e lentos e suaves e próximos.
E ambas nos lançamos
nas grandes flores de ébano
que crescem na água cálida
das vozes clarividentes.
Mãe, tu pegavas charroco
nas águas das ribeiras
a caminho da praia.
Teus cabelos eram lembas-lembas,
agora distantes e saudosas,
mas teu rosto escuro
desce sobre mim.
Teu rosto, liliácea
irrompendo entre o cacau,
perfumando com a sua sombra
o instante em que te descubro
no fundo das bocas graves.
Tua mão cor-de-laranja
oscila no céu de zinco
e fixa a saudade
com uns grandes olhos taciturnos.
(No sonho do Pico as mangas percorrem a órbita lenta
das orações dos ocãs e todas as feiticeiras desertam
a caminho do mal, entre a doçura das palmas).
Na varanda de marapião
os veios da madeira guardam
a marca dos teus pés leves
e lentos e suaves e próximos.
E ambas nos lançamos
nas grandes flores de ébano
que crescem na água cálida
das vozes clarividentes.
....»
quinta-feira, março 08, 2007
A felicidade exige valentia.
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte
Bom dia da mulher....
porque o mundo é bem mais feliz graças as cores, as luzes e aos brilhos que moram nos vossos olhos e nas vossas almas...
porque a vossa sensibilidade e bom senso são uma parte importante da nossa condição humana, esta paleta de cores mágica que é o mundo
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte
Bom dia da mulher....
porque o mundo é bem mais feliz graças as cores, as luzes e aos brilhos que moram nos vossos olhos e nas vossas almas...
porque a vossa sensibilidade e bom senso são uma parte importante da nossa condição humana, esta paleta de cores mágica que é o mundo
sexta-feira, março 02, 2007
Encontro
Ela veio ter comigo
Com um sorriso de espantar
Vinha repleta de vida
Trazia um brilho no olhar.
Ela vinha um espanto
Vestida de organdis
No cabelo um lenço branco
Com colcheias e cetins
Ela beijou-me na testa
Quem dera que fossem lábios
E sentou-se a minha mesa
Com pose de quem seduz
Vinha cheia de luz
E de outros talentos vários
Roubou-me o frio dos dias
E outros traumas diários
Ela veio feito brisa
Lembrar-me que era veleiro
E do seu lenço fiz velas
Quando soltou os cabelos
Dos seus cabelos fez mar
Quando neles ondulei os dedos
Navios a sequiar
Bailando quase secretos
Ela sorriu para mim
Como se fosse meu ninho
Olhei para ela e sorri
Como se fosse ela o destino
Ela segredou-me ao ouvido
Historias de enternecer
Falou-me de terras distantes
Que sempre aspirei conhecer
Falou-me da terra mãe
Do verde que não tem fim
Falou-me das cachoeiras
Das sete cidades e assim
Falou-me das saudades
Dos campos dos girassóis
Dos voos altos do açor
Do canto dos rouxinóis
Falei-lhes das luas cheias
Dos sonhos que tinha em menino
Disse-lhe que quis ser bombeiro
Poeta, compositor
Cantei-lhe os poemas e as prosas
Com que marquei meu caminho
nas minhas secretas demandas
Em busca de amor e carinho
Ela aceitou ser meu tema
Minha doce inspiração
Aceitei faze-la poema
Juntos fizemos canção
Mas depois de tudo isto
Deixo-vos a questionar
Será que já mora sonho
Na historia que estou a contar
serão as linhas que escrevo
Marcas da imaginação
Ou o coração a dizer
Que há espaço para a paixão
Será o sonho real
Ou apenas mero pranto
O que importa e que seja sonho
para o amanha ter encanto
Por isso deixem-se ser navios
senhores doces das manhas
zarpem alegres do cais dos medos
rumo ao amanhecer
por isso peço-vos esperança
e que acreditem em vos
vossa e a luz que aqui escrevo
para os amantes e os sós
amar e bom
não e esmorecer
por isso sejam luz
sejam alma
amor acabara por acontecer
e quando o fizer...
seremos pouso
será bom
seremos ser
Com um sorriso de espantar
Vinha repleta de vida
Trazia um brilho no olhar.
Ela vinha um espanto
Vestida de organdis
No cabelo um lenço branco
Com colcheias e cetins
Ela beijou-me na testa
Quem dera que fossem lábios
E sentou-se a minha mesa
Com pose de quem seduz
Vinha cheia de luz
E de outros talentos vários
Roubou-me o frio dos dias
E outros traumas diários
Ela veio feito brisa
Lembrar-me que era veleiro
E do seu lenço fiz velas
Quando soltou os cabelos
Dos seus cabelos fez mar
Quando neles ondulei os dedos
Navios a sequiar
Bailando quase secretos
Ela sorriu para mim
Como se fosse meu ninho
Olhei para ela e sorri
Como se fosse ela o destino
Ela segredou-me ao ouvido
Historias de enternecer
Falou-me de terras distantes
Que sempre aspirei conhecer
Falou-me da terra mãe
Do verde que não tem fim
Falou-me das cachoeiras
Das sete cidades e assim
Falou-me das saudades
Dos campos dos girassóis
Dos voos altos do açor
Do canto dos rouxinóis
Falei-lhes das luas cheias
Dos sonhos que tinha em menino
Disse-lhe que quis ser bombeiro
Poeta, compositor
Cantei-lhe os poemas e as prosas
Com que marquei meu caminho
nas minhas secretas demandas
Em busca de amor e carinho
Ela aceitou ser meu tema
Minha doce inspiração
Aceitei faze-la poema
Juntos fizemos canção
Mas depois de tudo isto
Deixo-vos a questionar
Será que já mora sonho
Na historia que estou a contar
serão as linhas que escrevo
Marcas da imaginação
Ou o coração a dizer
Que há espaço para a paixão
Será o sonho real
Ou apenas mero pranto
O que importa e que seja sonho
para o amanha ter encanto
Por isso deixem-se ser navios
senhores doces das manhas
zarpem alegres do cais dos medos
rumo ao amanhecer
por isso peço-vos esperança
e que acreditem em vos
vossa e a luz que aqui escrevo
para os amantes e os sós
amar e bom
não e esmorecer
por isso sejam luz
sejam alma
amor acabara por acontecer
e quando o fizer...
seremos pouso
será bom
seremos ser
terça-feira, fevereiro 27, 2007
oh solidão
Oh solidão
Minha solidão
Vem ficar comigo
Dou-te o meu coração
Diz-me que és abrigo
Meu cais... ilusão
Leva-me contigo
Não importa a razão
Eu andava vazio
perdido de mim
Bússola sem rumo
À espera do fim
Eu andava parado
Sem ter onde chegar
Um barco sem caís
À deriva do olhar
Vem falar-me dos astros
Do vento ... de ti
Prende-me aos teus olhos
Quero ficar junto a ti
Vem ser meu poema
Meu sonho meu mar
Deixa-te ser meu tema
Quero poder-te cantar
Vamos tornar belo o dia
Meu amor querubim
Doce sopro do vento
Sorriso .. segredo azul de ti
Vamos dar cor ao mundo
Que é tão escuro para nós
Quero voar contigo
Juntos não estamos sós
Quero mostrar-te que há rochas
Que vencem o tempo
Para repousares teu sonho
Sem medo do vento
Quero que me ensines
A ir sem temer
porque as vezes sonhar
É aprender a viver
Oh solidão
Minha solidão
Vem ser luz
Vem ser tu
Meu ninho
Meu cais
Meu pássaro
Meu barco
Meu poema
Meus ais
Meu sopro
Meu canto
Meu sonho
Meu mar
Meu encanto louco
Perdido de te amar
Achado nos teus olhos
Nesses sonhos que trazes
Nesse azul celeste
Dos poemas que fazes
Quero escrever contigo
Sonhos sem grilhetas
Cais das descobertas
Mil poemas .... a vida
Minha solidão
Vem ficar comigo
Dou-te o meu coração
Diz-me que és abrigo
Meu cais... ilusão
Leva-me contigo
Não importa a razão
Eu andava vazio
perdido de mim
Bússola sem rumo
À espera do fim
Eu andava parado
Sem ter onde chegar
Um barco sem caís
À deriva do olhar
Vem falar-me dos astros
Do vento ... de ti
Prende-me aos teus olhos
Quero ficar junto a ti
Vem ser meu poema
Meu sonho meu mar
Deixa-te ser meu tema
Quero poder-te cantar
Vamos tornar belo o dia
Meu amor querubim
Doce sopro do vento
Sorriso .. segredo azul de ti
Vamos dar cor ao mundo
Que é tão escuro para nós
Quero voar contigo
Juntos não estamos sós
Quero mostrar-te que há rochas
Que vencem o tempo
Para repousares teu sonho
Sem medo do vento
Quero que me ensines
A ir sem temer
porque as vezes sonhar
É aprender a viver
Oh solidão
Minha solidão
Vem ser luz
Vem ser tu
Meu ninho
Meu cais
Meu pássaro
Meu barco
Meu poema
Meus ais
Meu sopro
Meu canto
Meu sonho
Meu mar
Meu encanto louco
Perdido de te amar
Achado nos teus olhos
Nesses sonhos que trazes
Nesse azul celeste
Dos poemas que fazes
Quero escrever contigo
Sonhos sem grilhetas
Cais das descobertas
Mil poemas .... a vida
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Para ti Zeca Afonso
Porque passaram 20 anos desde que partiste
Porque vives para sempre nas tuas baladas e cantos
Porque foste és e serás sempre Poeta, Professor,companheiro... camarada... marinheiro de caravelas feitas de letras...
Porque como ninguem soubeste cantar a liberdade e a liberdade fez das tuas letras o seu grito, mesmo sem saberes...
Porque quando fizeram do teu canto hino soubeste ser livre e ser guia e lembrar que a liberdade é uma conquista quotidiana.
Porque como ninguém fizeste-nos ver que não existe raça, lado, credo... que o que importa é mesmo o querer... é mesmo o ser.
Porque mostras-te que os homens se podem sempre fazer "homens novos" e que não importando se vieram do "bairro negro" ou se são " indios da meia praia"ou o"homem que veio da guerra", são todos "filhos da madrugada" e assim tem direito a morar na "grandola vila morena" e a sonharem ser meninos ao som da "canção de embalar".
Porque este espaço é acima de tudo um espaço de partilha, deixo-te esta homenagem simples que partilho com os meus amigos e com todos os que quiserem vir cá... por isso "venham mais cinco"
A vocés amigos deixo uma das musicas de zeca afonso de que mais gosto, chama-se Canção Do Desterro.
(emigrandes)
Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Nao voltamos cá
O mar é tao grande
E o mundo é tao largo
Maria Bonita
Onde vamos morar
Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Nao é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar
Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair
A beira de àgua
Me criei um dia
- Remos e velas
Lá deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e nao veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Vinham de longe
Todos o sabiam
Nao se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer "
Zeca Afonso
Bom fim de semana
Porque vives para sempre nas tuas baladas e cantos
Porque foste és e serás sempre Poeta, Professor,companheiro... camarada... marinheiro de caravelas feitas de letras...
Porque como ninguem soubeste cantar a liberdade e a liberdade fez das tuas letras o seu grito, mesmo sem saberes...
Porque quando fizeram do teu canto hino soubeste ser livre e ser guia e lembrar que a liberdade é uma conquista quotidiana.
Porque como ninguém fizeste-nos ver que não existe raça, lado, credo... que o que importa é mesmo o querer... é mesmo o ser.
Porque mostras-te que os homens se podem sempre fazer "homens novos" e que não importando se vieram do "bairro negro" ou se são " indios da meia praia"ou o"homem que veio da guerra", são todos "filhos da madrugada" e assim tem direito a morar na "grandola vila morena" e a sonharem ser meninos ao som da "canção de embalar".
Porque este espaço é acima de tudo um espaço de partilha, deixo-te esta homenagem simples que partilho com os meus amigos e com todos os que quiserem vir cá... por isso "venham mais cinco"
A vocés amigos deixo uma das musicas de zeca afonso de que mais gosto, chama-se Canção Do Desterro.
(emigrandes)
Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Nao voltamos cá
O mar é tao grande
E o mundo é tao largo
Maria Bonita
Onde vamos morar
Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Nao é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar
Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair
A beira de àgua
Me criei um dia
- Remos e velas
Lá deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e nao veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Vinham de longe
Todos o sabiam
Nao se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer "
Zeca Afonso
Bom fim de semana
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
coisas nossas
porque há pessoas especiais que nos acompanham na nossa viagem pela vida e a quem as vezes não damos o devido valor,
porque essas pessoas estão lá, as vezes em silencio sempre que precisamos de alguem que nos ouça e sabem conter como ninguem a nossa dor quando ela teima em transbordar os rios da vida.
porque graças a elas a solidão não é tão forte porque sabemos que elas estão lá.
quero prestar-lhes, prestar-vos uma sincera homenagem por todas as belas cores que tem ajudado a dar a minha vida.
beijo para quem for de beijo, abraço para quem for de abraço
fica aqui um trecho de um poema de pablo neruda, acima de tudo porque tem muito do que disse acima.
"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
bom fim de semana.
porque essas pessoas estão lá, as vezes em silencio sempre que precisamos de alguem que nos ouça e sabem conter como ninguem a nossa dor quando ela teima em transbordar os rios da vida.
porque graças a elas a solidão não é tão forte porque sabemos que elas estão lá.
quero prestar-lhes, prestar-vos uma sincera homenagem por todas as belas cores que tem ajudado a dar a minha vida.
beijo para quem for de beijo, abraço para quem for de abraço
fica aqui um trecho de um poema de pablo neruda, acima de tudo porque tem muito do que disse acima.
"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
bom fim de semana.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Outra vez Quintana, com votos de um bom fim de semana
Porque descobrir Mário Quintana está a ser soberbo,
porque como eterno aprendiz de poeta admiro quem como ele consegue sonhar com as palavras.
porque ontem à noite estava na praça rodrigues lobo e ao deparar com o facto de estar sozinho la senti-me um pedacinho como ele se deve ter sentido neste poema.
Porque a mónica colocou este texto no meu post e eu amei-o
Porque haja ou não haja estrelas e céu ainda há sonho.
porque este fim de semana pode ser que apesar de tudo a lua ainda exista.
deixo-vos este poema, com uma profunda amizade e votos de um luminoso e terno fim de semana.
"Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!...Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho..."
Mário Quintana
porque como eterno aprendiz de poeta admiro quem como ele consegue sonhar com as palavras.
porque ontem à noite estava na praça rodrigues lobo e ao deparar com o facto de estar sozinho la senti-me um pedacinho como ele se deve ter sentido neste poema.
Porque a mónica colocou este texto no meu post e eu amei-o
Porque haja ou não haja estrelas e céu ainda há sonho.
porque este fim de semana pode ser que apesar de tudo a lua ainda exista.
deixo-vos este poema, com uma profunda amizade e votos de um luminoso e terno fim de semana.
"Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!...Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho..."
Mário Quintana
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