quarta-feira, maio 03, 2006

a propósito da peça azul a cores.. ou talvez não...

FICHA TÉCNICA

Produção:Teatro da trindade, Inatel/ projecto Mundo Perfeito
Texto:Filipe Homem Fonseca
Concepção cénica e interpretação: Margarida Cardeal e Tiago Rodrigues

A minha Opinião:

uma peça a não perder, um texto a não perder, a prova provada que amar dói, que a ausência do amor dói, que o amor as vezes se desgasta e nos gasta a nós.
---------------------------------------------------------------------

Porque me fascinaram duas frases desta peça, porque tem muito a ver comigo reproduzo-as aqui na integra.

“Sabes aquilo que se diz, a cara-metade? A minha cara-metade? E se a pessoa que nos completa é mais do que a nossa metade? Se sem ela somos um terço, ou um quarto, ou menos? E se a nossa cara-metade for bastante mais que a nossa metade? Se for demais para nós? E se em vez de nos acrescentar, ela nos tira?”

“ Deus deu-nos um dom. o dom de magoarmos aqueles de quem mais gostamos, porque mais cedo ou mais tarde aqueles de quem mais gostamos acabarão por nos desiludir, então temos de ser capazes de magoa-los para não sofrer”


In Azul a cores



Porqué esta dor... esta ausência...
porqué este caos sem ordem, este espinho na alma...

Hoje espero apenas..
...Que o (des)amor sare um dia. que o coração possa ter aconchego ou possamos viver sem coração,
...Que um dia a palavra finalmente dita tenha eco, que o silencio não seja tão profundo, a ausência tão imensa.
...Que um dia volte a haver céu e volte a fazer sentido voar.

Por agora há apenas um rio, qualquer de torrentes que brotam na minha alma, por agora há apenas o não querer ser... o vácuo, o ar...

Por favor extingam-me as palavras do fogo que arde em mim, extingam-me o meu bem querer.

2 comentários:

milhafre disse...

até o blog se converteu num deserto...
;(

Anónimo disse...

Olá Pedro
Andava eu aqui a navegar pelo meu passado e vim parar ao teu blog.
A tristeza é a manifestação mais bela da poesia.
beijos
margarida cardeal (azul a cores).