quinta-feira, janeiro 11, 2007

Homenagem a Mario Quintana (1906-1994)



"Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel...
Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como uma pobre lanterna que incendiou!"

Mario Quintana - Extraído do livro "Quintana de bolso", Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59, seleção de Sergio Faraco.



Deixo-vos esta homenagem ao grande poeta Mario Quintana, porque me apeteceu e hoje de manhã a minha amiga Patricia me enviou um email sobre ele, dando-me um pouco da sua maravilhosa luz para agitar o dia.

Porque este ano vou tentar sempre reter todos os dias algo positivo dos meus dias para vos devolver neste blog.


bem ajam

6 comentários:

Anónimo disse...

"O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você."

Mario Quintana

adorei a homenagem. beijo para ti pedro

Anónimo disse...

VvvvvvRrrrrrUuuummmmm !!!!!!
Este foi o som dum abelinha a passar por este vasto e caloroso pasto.
Beijocas

Anónimo disse...

sinto o feixe de luz,
que ilumina em mim essa tua dor..
luz ou dor quente forte..
dor que sentes quando parto..
mas hoje ficamos às escuras,
eu fico.
tu ficas.
nós ficamos.
comprenetrados no silêncio da escuridão,
ouvindo o respirar ofegante
que se encontra numa noite
de luar,
como que nos abraçando..
como se nos a tocar devagarinho,
substituindo a tua mão no meu corpo,
a minha mão no teu corpo..
e imoveis,
inertes,
ali ficamos,
até a dor passar..
até a luz vir.


foi escrito por mim e pelo meu maninho rosticovaq..
querias algo meu.. mas de momento estas palavras são perfeitas e fazem eco no meu pensamento.. bjinhos**

milhafre disse...

carla

sim .. porque a anonima es tu.
obrigado por acederes ao meu pedido, estou-te muito grato

o poema é maravilhoso
parabens a ti e ao teu maninho pela beleza das palavras e pela capacidade de sentir.

estou comovido.

Anónimo disse...

Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!...Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho...

Mário Quintana

Gosto muito deste poema, espero que gostes também Pedro.
Mil beijos

milhafre disse...

uau grande poema mónica...

vou colocá-lo em breve neste blog

estou mais feliz

beijo grande