segunda-feira, fevereiro 13, 2006

as vezes...

Porque este poema de Affonso Romano de Sant ´Anna retrata como ninguem o turbilhão em que me encontro, esse turbilhão de que não sei falar, não sei dizer.

"ás vezes pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Os mais intímos
já me viram remescendo escombros.
Em mim há algo de imóvel e soterrado
em permanente assombro"

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá... Gostei muito deste texto..curto mas profundo.
Eu já não sei se é do lado esquerdo do peito...mas creio que por vezes essa dor ocupa até o espaço à minha volta...que acabo por contaminar o ambiente...
Ha uma coisa que aprendi neste ainda pequeno ciclo de vida...
Só nós temos a capacidade de transformar a nossa vida e passar do imóvel e soterrado ao mágico e ensolarado...
beijinhos e obrigada pela tua amizade.

milhafre disse...

doce catarina


como te disse ontem as vezes gostava de ser um rio sem correntes, sem rumos, precisava ter em mim a capacidade de ter coragem para suportar e não me sentir sempre uma panela de pressão quase cheia de tudo, prestes a rebentar.
eu é que agradeço porteres surgido nos meus dias, por seres luz, por me dares luz, ternura e amizade.
deixaste-me comovido com a tua mensagem ontem.
beijo meigo

pedro