quinta-feira, agosto 31, 2006

para um pedro.. muito mais poeta do que eu















Uma homenagem merecida ao poeta, ao cantor e ao homem pela essencia e magia que deposita no que canta.

possam sempre as cegonhas voar sobre as planicies ...

aqui fica a minha musica favorita de Pedro Barroso:


Bonita


Primeiro foram as mãos que me disseram
que ali havia gente de verdadede
pois fugi-te pelo corpo acima
medi-te na boca a intensidade
senti que ali dentro havia um tigre
naquele repouso havia movimento
olhei-te e no sol havia pedras
parámos ambos como se parasse o tempo
parámos ambos como se parasse o tempo

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

atrevi-me a mergulhar nos teus cabelos
respirando o espanto que me deras
ali havia força havia fogo
havia a memória que aprender
assenti no corpo todo um arrepio
senti nas veias um fogo esquecido
percebemos num minuto a vida toda
sem nada te dizer ficaste ali comigo
sem nada te dizer ficaste ali comigo

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

falavas de projectos e futuro
de coisas banais frivolidades
mas quando me sorriste parou tudo
problemas do mundo enormidades
senti que um rio parava e o nevoeiro
vestia nos teus dedos capa e espada
queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse no fundo preciso
queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse preciso dizer nada

é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim pessoas


(música e letra de Pedro Barroso in álbum "Roupas de Pátria, Roupas de Mulher ",1987)

3 comentários:

Anónimo disse...

E já tínhamos saudades ;) !!

Também já quis um dia, e um dia como tantos outros libertar-me das palavras, das rimas, das frases ilógicas que têm mais lógica do que aparentam. Quis e sem ambição mover-me apenas num espaço meu, onde o meu gesto fosse suficiente num vazio desconhecido e tão subjectivo, onde apenas ouvisse o meu eco, onde o pensamos apenas soubesse de cor uma palavra : "EU". E não, não era egoísmo, era simplesmente uma tentativa para me libertar da espontaneidade das palavras que se consomem em mim, e eu que nem sequer as autorizo! Inquieta-me este facto, mas esta inquietação não é suficiente para as perturbar a elas, e que venham já que é essa a minha condição!

Voltei e meia, estamos devotos ao pensamento, um papel, uma caneta, e já nem chega a ser imaginação, fomos elevados ao sentir; é pleno.

Recomeçar, recomeçar, recomeçar, acaba sempre por ser inevitável, nem que nos ergamos feitos de cinzas, voltamos sempre a acreditar, pk nós já nem existimos para viver, nos existimos para amar, o amor é vida até posso crer que sim, mas ... mas ... não nos livra do suicídio!


E hoje não te aprisiono em mais nenhuma palavra, deixo-te apenas uma recordação: SORRISO!


O meu espacinho está sempre a tua espera seja em jeito de desabafo, seja em jeito de poeta sublime ;), e eu também estou aqui =)!


Beijinhoo sorridentee! *


Menina do Olhar *

Anónimo disse...

Acabamos sempre por nos denunciar naquilo que escrevemos, não porque escrevemos bem ou mal, e nem tão pouco pela capacidade de fazer girar as palavras no papel dando-lhe, de livre vontade, sentidos; acabamos sempre por nos denunciar porque simplesmente sentimos, e a indiferença é uma palavra que não entre usualmente no nosso dicionário! Eu nunca me atrevi a repeti-la!
Real ou não, a história acaba por ser nossa, se não num todo, pelo menos num tanto, até porque essas personagens, (de refugio), são criadas dentro de nós, concebemo-las pelas memórias, pela saudade, pela incapacidade de podermos ter sido nós!
Temos consciência, mas numa tentativa de dar tudo o que nos é permitido pela verdadeira vontade absoluta, acabamos por jogar mal com a consciência neste campo, e voltamos sempre a dar, a consumirmo-nos a nós próprios para manter a vela acessa, já que o coração tenta encaminhar o vento para outra moradia, e ficamos felizes por instantes, mas é bem verdade o que dizes enquanto presos não podemos viver esse amor, apenas podemos mecaniza-lo, tentar dar-lhe vida por mais uns segundos. Mas ninguém é feliz dentro dessa gaiola ainda que aguente a sua existência nessas condições!!

É pena esquecermo-nos muitas vezes que fomos dotodas das melhores asas... já vimos tempo de voar!!


Hummm ... obrigado pelo carinho e pela atenção, as tuas palavras, a tua visita ao meu espacinho é sempre alvo de mais um dos meus sorrisos =) !


beijinhoooo *



Menina do Olhar *

Anónimo disse...

Acabamos sempre por nos denunciar naquilo que escrevemos, não porque escrevemos bem ou mal, e nem tão pouco pela capacidade de fazer girar as palavras no papel dando-lhe, de livre vontade, sentidos; acabamos sempre por nos denunciar porque simplesmente sentimos, e a indiferença é uma palavra que não entre usualmente no nosso dicionário! Eu nunca me atrevi a repeti-la!
Real ou não, a história acaba por ser nossa, se não num todo, pelo menos num tanto, até porque essas personagens, (de refugio), são criadas dentro de nós, concebemo-las pelas memórias, pela saudade, pela incapacidade de podermos ter sido nós!
Temos consciência, mas numa tentativa de dar tudo o que nos é permitido pela verdadeira vontade absoluta, acabamos por jogar mal com a consciência neste campo, e voltamos sempre a dar, a consumirmo-nos a nós próprios para manter a vela acessa, já que o coração tenta encaminhar o vento para outra moradia, e ficamos felizes por instantes, mas é bem verdade o que dizes enquanto presos não podemos viver esse amor, apenas podemos mecaniza-lo, tentar dar-lhe vida por mais uns segundos. Mas ninguém é feliz dentro dessa gaiola ainda que aguente a sua existência nessas condições!!

É pena esquecermo-nos muitas vezes que fomos dotodas das melhores asas... já vimos tempo de voar!!


Hummm ... obrigado pelo carinho e pela atenção, as tuas palavras, a tua visita ao meu espacinho é sempre alvo de mais um dos meus sorrisos =) !


beijinhoooo *



Menina do Olhar *