Acerca de mim
- milhafre
- Quem sou eu...... as vezes queria ser apenas um escolho atirado aos ventos. outras a minha faceta de louco faz-me querer enveredar por caminhos que desconheço e espanto-me a mim próprio. diria que sou alguém que aspira a ser simples e a quem o corre corre dos dias parece estrangular as vezes deixando as palavras e os sonhos amordaçados na garganta. se um dia me for espero ser lembrado como um bom amigo .
sexta-feira, novembro 12, 2010
E se simplesmente um olá bastasse…
Às vezes damos por nós a bater vez a pós vez contra barreiras que erguemos sem querer, não por vontade, mas por não termos consciência dos contornos da teia em que vivemos e da quão limitada é a nossa hipótese de redenção.
Porque às vezes mesmo que sem querer, ou até querendo ajudar, damos por nós a perturbar o equilíbrio das coisas e desencadeamos exactamente a resposta contrária da pretendida e acabamos por afectar negativamente aqueles que mais queremos e afastamos quem realmente queríamos ter connosco.
Porque hoje em dia a informação circula de todas as formas e se torna fácil fazer cem ou mesmo mil amigos no facebook ou no hi5, em escassos dias, mas é cada vez mais difícil encontrar alguém capaz de nos entender e de nos abraçar.
Alguém que simplesmente saiba estar lá nos bons e maus momentos, da folia da vida ao vazio da desesperança.
Alguém para quem realmente possamos estar lá sem termos medo que se vá.
Porque as vezes os rumos da vida, a mudança das estações da idade, o frenesim que acaba por nos absorver (neste febre de quem acredita que ocupar o tempo todo como se o tempo nos escapasse é estar integrado) nos impede de acompanhar os voos daqueles de quem mais gostamos e acabamos por seguir caminhos diferentes, não por o queremos, mas porque às vezes os espaços de encontro se vão tornando tão raros que as histórias de vida que nos uniam se vão desligando e desprendendo sem muitas vezes darmos conta disso.
Porque na nossa sede securizadora de coisa nenhuma nos fechamos nas nossas pequenas vidas e nos fechamos entre quatro paredes esquecendo que somos actores e responsáveis da causa comum que é o sonho de um mundo melhor.
Porque fazer pontes e suar a camisola é muito mais difícil do que ser treinador de bancada no resguardo do fim das linhas do campo ou no conforto de uma poltrona.
Porque é cada vez mais fácil mudar a nossa camisola ao mínimo desaire
Porque nos nossos dias o bota-abaixo é doutrina e os seus seguidores reis e senhores do pensamento no marasmo que passa na TV.
Porque cada vez é mais fácil cair numa espiral descendente sem que nos apercebamos que o estamos a fazer, mas também porque quando finalmente o conseguimos entender é cada vez mais difícil encontrar alguém, anónimo ou não, disposto a estar do nosso lado, para que possamos ainda que à bolina dos seus olhos, atrever-nos a rumar contra a maré.
Porque muitas vezes nos tornamos autómatos do dia-a-dia e deixamos dissolver, no caos dos problemas, a nossa humanidade e a nossa capacidade de olhar o outrem como um igual, como um de nós e nos esquecemos de ser cais contra a torrente e deixamos de fazer amarras e pontes com os outros fazendo com que deixemos de entender os sinais que nos permitem ver se o outrem que nos está próximo está mal ou bem, mesmo quando esses sinais são por demais evidentes.
Presto aqui a minha homenagem póstuma e sentida ao Senhor do Adeus, ou Senhor do Olá, como gostava de ser tratado, João Manuel Serra, falecido a 10/11/2010, aos 79 anos, pessoa bem conhecida dos portugueses e em particular dos Lisboetas que todas as noites desde há quase dez anos, acenava aos carros e às pessoas que passavam nos arredores do Saldanha ou do Restelo em Lisboa, sempre com um sorriso estampado na cara e com uma boa disposição, um cuidado no trato e uma postura que lhe conferiam um perfil quase aristocrático e que o tornaram num ente querido para muitas pessoas, quase que um ícone da pureza que ainda mora nas nossas almas apesar da urbe, como se pode comprovar pelas imensas e sentidas homenagens que lhe têm prestado.
Faço-o com toda a reverência que se pode ter por alguém que na sabedoria da sua idade descobriu que às vezes a diferença, a subtil diferença entre o vazio do abismo ou o despontar da esperança reside num pequeno gesto, num pequeno carinho.
Faço-o comovido com a forma mágica com que ele destemido brindava toda a gente fizesse chuva ou sol, com o melhor de si, sorrindo e acenando a todos, fosse quem fosse, independentemente do facto de querer também ele através desse gesto afugentar a sua própria solidão "Essa senhora malvada, que o perseguia por entre as paredes vazias da casa” e a quem procurava escapa indo para a rua acenar na sua forma tão natural como especial de “comunicar e de sentir gente”, até porque ser capaz de partilhar a sua fragilidade é uma considerável prova de coragem.
Faço-o porque o Saldanha, eu, todos nós vamos sentir falta desse acenar que saudava toda a gente…
Porque a cidade de Lisboa com a morte dele ficou mais vazia e perdeu um dos seus enigmas…
Faço-o sobretudo porque também eu acredito na importância de pequenos gestos.
Faço-o em sua memória, por todos os bons dias que em sua homenagem passaremos a dar com quem nos cruzamos.
Por toda a importância que tem romper o silêncio.
terça-feira, setembro 07, 2010
terça-feira, agosto 17, 2010
Não me venhas falar de emoções
Não me venhas hoje falar de emoções
Que eu já não ligo as tentações do torvelinho
E dentro de mim algo morreu
Talvez um sonho de profetas, talvez eu
No desalinho remoído dos poemas
É que não há amor…. sonhos eternos
Nem fados de ir embora no corrupio
E o inevitável nisto tudo é que por mais que se queira renascer
Cada gesto é sempre uma memória de um outro gesto já dado
Cada beijo traço dos lábios de outra circe
Que em cada vez que se diz fica há pedaços de alguém que se perdeu
Que em cada vez que se quer mudar há uma sina que teima em repetir-se
E no final de tudo quando o poema deixar de ser dito para passar a ser vivido
Quando a falta de experiencia for compensada pelo sonho de amores maiores
Quando a esperança se cansar de comandar a própria vida e nos permitir viver
Quando em nós mais do que as lágrimas for derramado o sangue da vida, sequioso de promessas.
Quando rubros de afecto encontrarmos nexo nos contornos curvilíneos de um corpo
Mesmo aí… há beira do apogeu dos anjos e dos homens…
Naqueles momentos em que ganhamos asas e voamos
Em que nos deixamos ser chamas e nos sentimos a arder por dentro…
Quando depois do êxtase nos mimamos etéreos de bem querer
Haverá sempre memórias de um corpo e de uma alma …
Cicatrizes deixadas nas marcas da pele que alguém já percorreu nas entrelinhas
Despojos de memórias pejados nas paredes..
E no final….
Só no final….
Um sonho de menino
Mortinho por ser menino
E sonhar de novo…
Como da primeira vez que se sonhou
Todos os sonhos
sexta-feira, julho 30, 2010
António Feio
“Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam, e não deixem nada por dizer; nada por fazer”.
segunda-feira, junho 14, 2010
epistula finita
e o breu será a cor negra do destino que nos percorre a alma..
e amanhã deixarão de haver poetas ...
e negro será o vazio das páginas da vida que ficaram por escrever...
eu nunca quis isto,
ter de escrever a vida como se a vivesse sem o fazer...
ter de escrever a solidão que oculta os sentidos...
esta página qualquer de alma arrancada de mim.
sexta-feira, junho 11, 2010
Escrevo sobre a vida no papel
Ou melhor escrevo sobre a minha visão da vida….
Sobre a visão que tenho do meu mundo, com toda a consciência do quão limitada é a visão das minhas vivencias perante a imensidão dos sentimentos e a grandiosidade desta mãe terra que é a nossa.
Escrevo sobre o que sinto, o que sou, sobre o que tenho e o que não tenho, sobre o que dou e o que recebo, sobre o que recebi e não soube retribuir, sobre o que dei e não cheguei a receber…
Escrevo sobre o que fiz e o que não fiz, sobre o que fiz e não devia ter feito, sobre o que devia ter feito e não consegui, escrevo mesmo sobre aquela meta adiada e adiada que sempre quis alcançar e nunca consigo. …Escrevo talvez porque não consigo
Escrevo sobre as vezes em que amei e disse presente mas também sobre as vezes em que amei e não soube dizer, sobre as vezes em que a palavra amor foi grito aos sete ventos, mas também sobre as vezes em que cada letra ficou remordida e remordida nos lábios de uma forma tão profunda que nem sequer o mais arguto dos murmúrios soube encontrar.
Escrevo sobre tudo, do infinito ao ínfimo, da luz à escuridão, do corpo à essência, das grandes causas ao nada… dos nadas aos grandes sonhos… Escrevo muitas vezes pequenos nadas que são tudo.
Escrevo às vezes para lembrar, às vezes para esquecer, às vezes por querer ficar, às vezes por querer partir, às vezes porque vivo, outras porque não vivo, às vezes porque conto, as vezes porque resto.
Escrevo acima de tudo porque me dou, nos meus poemas, neste blog, nas minhas mensagens de telemóvel, numa folha qualquer escondida dentro de um jornal, deixado ao acaso para que alguém anónimo a encontre.
Escreverei um dia nas paredes num sopro de liberdade…
ESCREVO PORQUE EXISTO….
Mesmo limitado, na minha forma (im)perfeita de ser e de me dar…
Mesmo sabendo que caio tantas vezes no ridículo…
Mesmo sabendo que estou tantas vezes isolado....
Mesmo sabendo que para muitos a escrita não é nem nunca será mais do que uma figura de estilo indiferente aos sonhos…
Mesmo não conseguindo entender como pode ser “belo” erguermos a mão contra o vazio, sabendo que ninguém a alcança.
Escrevo agora na esperança de que me leias …
Porque sei que me vais ler, sobretudo para te pedir desculpa do exagero na forma de te buscar,
Pela minha não forma de saber lidar com o tempo e a distancia…
Por não saber o sabor da ausência
Por não estar presente de outra forma…
Por não conseguir ser apenas poema escrito no papel atirado aos ventos à espera dos sonhos
Por não ser uma melhor maça, metade arrancada de mim para te entregar
Bem hajas
quarta-feira, junho 09, 2010
Anjos de uma asa só
. . Há muito tempo atrás depois do mundo ser criado e da vida completá-lo, houve num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno, um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos. Acredita? Deus estava sentado, calado.
. . Sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente, Deus erguia suas mãos e colhia uma ou outra fruta. Saboreava sua criação negra e adocicada. Fechava os olhos e pensava. Permitia-se um sorriso piedoso. Mantinha seu olhar complacente.
. . Foi então que, das nuvens, um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção. Ele tinha asas lindas, brancas, imaculadas. Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:
. . -“Senhor...visitei sua criação como pediu. Fui a todos os cantos.
. . Estive no sul, no norte. No leste e oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma de suas crianças humanas. E por ter visto, vim até o Senhor... para tentar entender.
. . Por quê?
. . Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa?
. . Nós, anjos, temos duas... podemos ir até o amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos, com sua única asa, não podem voar.
. . Não podem voar com apenas uma asa” Deus, na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo.
. . - “Sim... eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa...”
. . Intrigado, com a consciência absoluta de seu Senhor, o anjo queria entender e perguntou:
. . - “Mas por que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para poder voar... para poder ser livre?”
. . Conhecedor que era de todas as respostas, Deus não teve pressa para falar. Comeu outra jabuticaba, obscura e suave. E então respondeu:
. . - “Eles podem voar sim, meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês meus arcanjos.
. . Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas. Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu. Mas os humanos... os humanos, com sua única asa, precisarão sempre dar as mãos para alguém, a fim de terem suas duas asas.
. . Cada um deles tem, na verdade, um par de asas... uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par. Assim, eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa, podem estar acabando com as suas próprias chances de voar.
. . Assim, meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa, aprenderão que, somente permitindo-se amar, eles poderão voar.
. . Tocando a mão de outra pessoa, em um abraço correto e afetuoso, eles poderão encontrar a asa que lhes falta... e poderão finalmente voar.
. . Somente através do amor irão chegar até onde estou... assim como você, meu anjo. E eles nunca... nunca estarão sozinhos quando forem voar."
. . Deus silenciou em seu sorriso. O anjo compreendeu o que não precisava ser dito...."
. .
(Autor desconhecido).
segunda-feira, maio 31, 2010
sem expressão
corta-me a língua
arranca-me os dedos
corroí-me o coração
manda os pássaros bicarem-me os olhos
eu não queria este silencio da falta de expressão
não queria não ter porque escrever
não faz sentido sonhar sem ter com que.
viver sem ter porque.
não há maior vazio do que aquele que nem criativos nos faz ser
maior degredo do que este...
deserto mais denso do que o vazio dos sentidos...
e eu só quero...
só queria ....
poder esvaziar o coração..
esvair-me eu...
tornar-me quem sabe simples chão, para ser lavrado,
lavrado pelo que for, pelo que vier a ser ,
chão de orquídeas ou tulipas,
cravos ou papoilas...
simples restolho...
mas ao menos o principio ou o fim de alguma coisa...
porque tudo em mim é sonho que termina sem raiz...
tanto em mim é vácuo
sexta-feira, maio 21, 2010
HOJE O DIA PAROU
Hoje o dia parou
Eram 03 horas da manha.
Escrevia o vazio num momento pérfido pela inconstância
Gritava a dor cá dentro como se quisesse expurga-la…Torna-la suportável.
Como se a solidão, aquela solidão do vazio dos sonhos e dos afectos pudesse ser contida.
Como se algum dia a vida pudesse ser contida numa folha de papel.
Hoje o dia parou
Sem que parassem os relógios
Sem que os pássaros deixassem de voar
Sem que os mareantes tivessem de temer as tempestades
Sem que ainda, que por um segundo, imperasse qualquer réstia de silencio
Hoje o dia parou
Sem suspiros nem murmúrios
Sem qualquer interjeição fatal improvisada
Sem sequer cair na contramão das linhas dos meus dedos
Sem ousar sequer a contramão das linhas dos meu rumo
Hoje o dia parou
Sem que os elementos se revoltassem
Sem que a chuva ousasse debaldar dos céus
Sem que as gaivotas poisassem nos areais
Sem que os morcegos regressassem aos abrigos
Hoje o dia parou
Sem parar o transito nem abalar horários
Sem atravancar as filas
Sem carregar olhares nem pesar nos ombros
Sem a poeira ou as escorias do cair das lágrimas
Hoje o dia parou
Para nunca mais me conseguir esquecer que não fui senão parado
Para não ter mais de suportar este vazio
Por não conseguir sujeitar mais o coração ao interregno
Para não mais ser eu … o interregno
Hoje o dia parou
para no vácuo não ter de me parar eu
para não sucumbir enregelado
por não conseguir conter a ausência nas entrelinhas
para matar a dor
Hoje o dia parou
para neste texto pausar o crepúsculo
para interromper o corre corre
para tentar derribar a sede
para num gesto parar a cidade
Hoje o dia parou
para que amanhã não parem os teus sonhos
para que os abraços que quiseres não fiquem por dar
para que a tua alma não cesse de sonhar
Hoje o dia parou
para que amanhã possas dizer tudo..
tudo o que ficou por dizer nas entrelinhas
tudo o que ficou no vazio das paginas
todo o bem querer que bem quiseres
todo o sonho porque por direito quiseres pugnar
Hoje o dia parou
para que amanhã possamos ser ombro com ombro unidos
para que saibas perceber os gestos
para que consigas dar valor ao toque
Porque a alegria tem de um dia acontecer
Para que esse dia comece agora
terça-feira, maio 18, 2010
O poeta morre
o poeta morre..
no final de um verso
no vazio das linhas
num interregno da alma
quando o poema deixa de ser sonho
e passa a ser palavra
o poeta morre
quando as cicatrizes
se converterem em chagas
e deixarem de ser marcas de viagem
quando a dor deixar de nos derribar
por já não nos sentirmos cair
o poeta morre
quando o canto deixar de ser sopro
e passar a ser pranto
quando o grito se tornar vácuo
quando a revolta se conformar na apatia
quando nada mais puder doer além da dor
o poeta morre
quando os lábios deixarem de se morder só por querer tocar-se
quando os corpos se esquecerem de gestuar
quando braços e costas deixarem de saber entrelaçar-se
o poeta morre
quando o amor deixar de ser cantado
quando o sonho tiver perdido a memória
por deixar de ser querido
quando a opressão de tão habitual
deixar de revoltar
O poeta morre
quando o pássaro em nós se esquecer de ser Fénix
e não tiver outro remédio além de zarpar da alma
quando os viajantes que somos deixarem de inspirar outras paisagens
o poeta morre
quando nada, mas mesmo nada precisar de ser cantado...
quando a esperança morrer
quando deixar de fazer sentido ser essência
quando o sonho deixar de ser sonhado
o poeta morre
quando a criança que mora nos poetas se tornar um autómato
quando o coração se converter em pedra
quando tudo se desfizer na areia do tempo
e não tivermos nada para cantar além do vazio
e o vazio esse desistir de se encher de palavras
domingo, maio 02, 2010
uma mão aberta
no vazio dos sonhos
na alma que fica à espreita
deserta de sentimentos
dois sentires que mal se sentem
braços que jamais se entrelaçarão
saudades do gesto
do teu gesto...
sopros do mundo sem medo do vento
sopros do vento com medo do sonho..
e depois de tudo
só depois de tudo
,.....
esta saudade