Oh solidão
Minha solidão
Vem ficar comigo
Dou-te o meu coração
Diz-me que és abrigo
Meu cais... ilusão
Leva-me contigo
Não importa a razão
Eu andava vazio
perdido de mim
Bússola sem rumo
À espera do fim
Eu andava parado
Sem ter onde chegar
Um barco sem caís
À deriva do olhar
Vem falar-me dos astros
Do vento ... de ti
Prende-me aos teus olhos
Quero ficar junto a ti
Vem ser meu poema
Meu sonho meu mar
Deixa-te ser meu tema
Quero poder-te cantar
Vamos tornar belo o dia
Meu amor querubim
Doce sopro do vento
Sorriso .. segredo azul de ti
Vamos dar cor ao mundo
Que é tão escuro para nós
Quero voar contigo
Juntos não estamos sós
Quero mostrar-te que há rochas
Que vencem o tempo
Para repousares teu sonho
Sem medo do vento
Quero que me ensines
A ir sem temer
porque as vezes sonhar
É aprender a viver
Oh solidão
Minha solidão
Vem ser luz
Vem ser tu
Meu ninho
Meu cais
Meu pássaro
Meu barco
Meu poema
Meus ais
Meu sopro
Meu canto
Meu sonho
Meu mar
Meu encanto louco
Perdido de te amar
Achado nos teus olhos
Nesses sonhos que trazes
Nesse azul celeste
Dos poemas que fazes
Quero escrever contigo
Sonhos sem grilhetas
Cais das descobertas
Mil poemas .... a vida
Acerca de mim
- milhafre
- Quem sou eu...... as vezes queria ser apenas um escolho atirado aos ventos. outras a minha faceta de louco faz-me querer enveredar por caminhos que desconheço e espanto-me a mim próprio. diria que sou alguém que aspira a ser simples e a quem o corre corre dos dias parece estrangular as vezes deixando as palavras e os sonhos amordaçados na garganta. se um dia me for espero ser lembrado como um bom amigo .
terça-feira, fevereiro 27, 2007
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Para ti Zeca Afonso
Porque passaram 20 anos desde que partiste
Porque vives para sempre nas tuas baladas e cantos
Porque foste és e serás sempre Poeta, Professor,companheiro... camarada... marinheiro de caravelas feitas de letras...
Porque como ninguem soubeste cantar a liberdade e a liberdade fez das tuas letras o seu grito, mesmo sem saberes...
Porque quando fizeram do teu canto hino soubeste ser livre e ser guia e lembrar que a liberdade é uma conquista quotidiana.
Porque como ninguém fizeste-nos ver que não existe raça, lado, credo... que o que importa é mesmo o querer... é mesmo o ser.
Porque mostras-te que os homens se podem sempre fazer "homens novos" e que não importando se vieram do "bairro negro" ou se são " indios da meia praia"ou o"homem que veio da guerra", são todos "filhos da madrugada" e assim tem direito a morar na "grandola vila morena" e a sonharem ser meninos ao som da "canção de embalar".
Porque este espaço é acima de tudo um espaço de partilha, deixo-te esta homenagem simples que partilho com os meus amigos e com todos os que quiserem vir cá... por isso "venham mais cinco"
A vocés amigos deixo uma das musicas de zeca afonso de que mais gosto, chama-se Canção Do Desterro.
(emigrandes)
Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Nao voltamos cá
O mar é tao grande
E o mundo é tao largo
Maria Bonita
Onde vamos morar
Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Nao é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar
Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair
A beira de àgua
Me criei um dia
- Remos e velas
Lá deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e nao veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Vinham de longe
Todos o sabiam
Nao se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer "
Zeca Afonso
Bom fim de semana
Porque vives para sempre nas tuas baladas e cantos
Porque foste és e serás sempre Poeta, Professor,companheiro... camarada... marinheiro de caravelas feitas de letras...
Porque como ninguem soubeste cantar a liberdade e a liberdade fez das tuas letras o seu grito, mesmo sem saberes...
Porque quando fizeram do teu canto hino soubeste ser livre e ser guia e lembrar que a liberdade é uma conquista quotidiana.
Porque como ninguém fizeste-nos ver que não existe raça, lado, credo... que o que importa é mesmo o querer... é mesmo o ser.
Porque mostras-te que os homens se podem sempre fazer "homens novos" e que não importando se vieram do "bairro negro" ou se são " indios da meia praia"ou o"homem que veio da guerra", são todos "filhos da madrugada" e assim tem direito a morar na "grandola vila morena" e a sonharem ser meninos ao som da "canção de embalar".
Porque este espaço é acima de tudo um espaço de partilha, deixo-te esta homenagem simples que partilho com os meus amigos e com todos os que quiserem vir cá... por isso "venham mais cinco"
A vocés amigos deixo uma das musicas de zeca afonso de que mais gosto, chama-se Canção Do Desterro.
(emigrandes)
Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Nao voltamos cá
O mar é tao grande
E o mundo é tao largo
Maria Bonita
Onde vamos morar
Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Nao é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar
Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair
A beira de àgua
Me criei um dia
- Remos e velas
Lá deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e nao veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Vinham de longe
Todos o sabiam
Nao se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer "
Zeca Afonso
Bom fim de semana
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
coisas nossas
porque há pessoas especiais que nos acompanham na nossa viagem pela vida e a quem as vezes não damos o devido valor,
porque essas pessoas estão lá, as vezes em silencio sempre que precisamos de alguem que nos ouça e sabem conter como ninguem a nossa dor quando ela teima em transbordar os rios da vida.
porque graças a elas a solidão não é tão forte porque sabemos que elas estão lá.
quero prestar-lhes, prestar-vos uma sincera homenagem por todas as belas cores que tem ajudado a dar a minha vida.
beijo para quem for de beijo, abraço para quem for de abraço
fica aqui um trecho de um poema de pablo neruda, acima de tudo porque tem muito do que disse acima.
"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
bom fim de semana.
porque essas pessoas estão lá, as vezes em silencio sempre que precisamos de alguem que nos ouça e sabem conter como ninguem a nossa dor quando ela teima em transbordar os rios da vida.
porque graças a elas a solidão não é tão forte porque sabemos que elas estão lá.
quero prestar-lhes, prestar-vos uma sincera homenagem por todas as belas cores que tem ajudado a dar a minha vida.
beijo para quem for de beijo, abraço para quem for de abraço
fica aqui um trecho de um poema de pablo neruda, acima de tudo porque tem muito do que disse acima.
"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
bom fim de semana.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Outra vez Quintana, com votos de um bom fim de semana
Porque descobrir Mário Quintana está a ser soberbo,
porque como eterno aprendiz de poeta admiro quem como ele consegue sonhar com as palavras.
porque ontem à noite estava na praça rodrigues lobo e ao deparar com o facto de estar sozinho la senti-me um pedacinho como ele se deve ter sentido neste poema.
Porque a mónica colocou este texto no meu post e eu amei-o
Porque haja ou não haja estrelas e céu ainda há sonho.
porque este fim de semana pode ser que apesar de tudo a lua ainda exista.
deixo-vos este poema, com uma profunda amizade e votos de um luminoso e terno fim de semana.
"Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!...Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho..."
Mário Quintana
porque como eterno aprendiz de poeta admiro quem como ele consegue sonhar com as palavras.
porque ontem à noite estava na praça rodrigues lobo e ao deparar com o facto de estar sozinho la senti-me um pedacinho como ele se deve ter sentido neste poema.
Porque a mónica colocou este texto no meu post e eu amei-o
Porque haja ou não haja estrelas e céu ainda há sonho.
porque este fim de semana pode ser que apesar de tudo a lua ainda exista.
deixo-vos este poema, com uma profunda amizade e votos de um luminoso e terno fim de semana.
"Ao longo das janelas mortas
Meu passo bate as calçadas.
Que estranho bate!...Será
Que a minha perna é de pau?
Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrivel!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho..."
Mário Quintana
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
falhar
as vezes por mais que nos esforcemos falhamos sempre, como se falhar fosse o destino ou fossemos falhados por natureza.
as vezes por mais que lutemos por uma causa, por mais que nos empenhemos, por mais sangue ou lagrimas que corram pelas veias e pelos olhos perdemos sempre.
as vezes por mais que gritemos o amor, por mais fieis e romanticos que queiramos ser, por mais intenso e dedicado que for o nosso amar percebemos que estaremos sempre sós...
assim atirados pelo vento damos por nós vencidos... e pior que isso, a ter de existir sem raizes.
as vezes por mais que lutemos por uma causa, por mais que nos empenhemos, por mais sangue ou lagrimas que corram pelas veias e pelos olhos perdemos sempre.
as vezes por mais que gritemos o amor, por mais fieis e romanticos que queiramos ser, por mais intenso e dedicado que for o nosso amar percebemos que estaremos sempre sós...
assim atirados pelo vento damos por nós vencidos... e pior que isso, a ter de existir sem raizes.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
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