"... acima de tudo nao quero um dia perceber que o tanto que senti de ti se perdeu no tempo... sentir que me dei em vão... que nao brotou nada do excerto que ficou da minha alma na arvore dos teus braços... na essencia da tua luz... na inconstancia de ter a tua derme sobre a minha ...
acima de tudo não quero... porque ainda não consigo... mas talvez venha a conseguir... perceber que nos tornámos estranhos de tanto nos conhecer e que poderei embora não o admita agora... recomeçar de novo e ser feliz"
Um texto que escrevi num comment do blog da Ana... porque a inconstancia as vezes tem destas coisas
termino com um poema de Florbela Espanca...
porque há tanto que sinto e não sei dizer
Aqueles que me tem muito amor
Nao sabem o que sinto e o que sou...
Nao sabem que passou, um dia, a Dor
A minha porta e, nesse dia, entrou.
E desde entao que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadencia
Que é ja tortura infinda, que é demencia!
Que é ja vontade doida de gritar!
e é sempre a mesma magoa, o mesmo tedio,
A mesma angustia funda, sem remedio,
Andando atras de mim, sem me largar!
Florbela Espanca
4 comentários:
bonito texto Pedro
Bonito e verdadeiro este texto.
Beijo.
gostei imenso de ler. afinal todos temos um pouco de cada um.
beijo.
e de novo três comments... definitivamente o número três esta a tornar-se no meu número.
agradeço as palavras do anonimo, da lisa e da rita...
sinceramente escrevo por sentir, a verdadeira riqueza esta na partilha dos sentimentos e para isso voces que me leem são imprescindiveis...
obrigado...
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