"A beleza é triste pois ela está no lugar de algo que se foi. O tempo perdido não pode ser recuperado. Sua beleza só pode ser vivida como ausência: a beleza dói... Magia é isto: invocar o que se foi, mas que continua a nos habitar. Ou será poesia?"
Rubem Alves
Porque apesar de alguns acharem que escrever é uma dádiva e é tão facil como se não sentisse, as vezes sinto as palavras que escrevo cravarem-se como punhais no meu próprio peito.
porque cada poema é um pedaço de mim que arranco, uma cicatriz que me vem do fundo da alma. Uma cruz que marca os dias... talvez vestigios de alguem que se amou e se perdeu.
deixo-vos esta homenagem aos poetas loucos que como eu se entregam e se dissolvem aos poucos em palavras
6 comentários:
humm... estava de passagem plos blogs e ao ler este teu post lembrei-me de mim e da harmonia das palavras!! E eu costumo dizer: Escrevo o que sinto e a mais nao me obrigo!
Os meus escritos não sao mais do que ditados feitos plos sentimentos que mesmo nao apenas meu sinto!! Não é importante soletrar palavras ao vento, é importante sim senti-las com a intensidade que nenhum é capaz de reproduzir!!
Parabens plo blog!!
Correcção: *nenhum som !
*
E mais imprresionada fiquei eu por moveres atençoes, curiosas até, ao cantinho, ao espaço onde solto e escrevo, mais uma vez, ditados que surgem em nome do coração!
Não hesitarei em procurar o meu, cantinho, também, neste casulo de sonhos que estás disposto a oferecer, decorado por palavras entusiastas que fazem, sem se esforçar, por ser aquilo que apenas és. Tao natural, que mesmo, inconscientemente, nos tenham tornado conscientes deste elevar do sentir! E eu estarei aqui nem que através da minha voz, para te ouvir !!!
E hoje o meu blog tem mais um pedaço de sabedoria!! BGD* !
Beiju*
bem vinda menina do olhar...
obrigado pelas tuas palavras.
já voltei ao teu blog... adorei o texto sobre o teatro.
beijo
hum no meio de tantos que já escrevi foi de facto um dos que mais me suscitou supiros, aquele me levou a ler mais vezes nem que no soletrar das palavras quando soltas na memoria depois de fechar os olhos, e mesmo sem o ter decido, adormecer!
Comecei o meu blog com esse texto, nao o fiz com proposito, mas enquandrou-se tão bem, a meu ver, que me atrevi ali sim a abrir o pano, mesmo quando ele se fechou!! Atribui-lhe também, embora sem competencia, a responsabilidade de assegurar a minha viragem, o abrir de uma nova página, que diferente, continua escrita no mesmo livro, no livro aberto que sou eu !!
Já link o teu blog, agora terás aqui uns rabiscos meus :) deliberada já acolhi aqui o meu cantinhoo *
beijoo*
Caro Pedro,
É bom ficar sem visitar-te por uns tempos, porque quando reentro neste espaço após uma pequena ausencia consentida, sou surpreendido( falsa surpresa, confesso!)pela mestria das palavras, pelas cores quentes dos sentimentos, e pela auspiciosa sensação que os poetas caem com mais dores, mas tambem voam intensamente desde solos que alguns almejam em conseguir apenas gatinhar.
É sempre bom ler-te.
Em relação à tristeza que encontro quando te visito tenho algo a dizer, se é que a interpreto fielmente. Podemos segurar os sonhos muito tempo depois de se terem transformado em cinzas nas nossas mãos. Urge viver sonhos novos, como urge abrir uma janela de um quarto encerrado há muito.
Talvez seja tempo de sacudires no chão algumas cinzas. Quem sabe, a vida te surpreenda, afinal, se persistem os pintores de sonhos ( Tu!?) em terras estereis,e mesmo assim se observam tão belas telas, não será sinal que o espirito humano é invencivel?
Renova-te, reinventa-te, recupera-te, chora, ri, ama, fode, corre para qualquer lado ou fica plantado no mesmo sitio; faz trinta por uma linha mas sê feliz. Tudo o resto é mentira.
Um abraço amigo
Bruno Diónis
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