prendem-se os sonhos ...
na algibeira
momentos de luz
não derribados
um sonho ....
que fica a espreita
de olhos bem fechados
um mundo que pousa...
num gesto...
num abraço...
num beijo...
num sopro...
numa flor...
numa pedra..
numa gota de água...
num sorriso...
numa carta com palavras
que o vento não levou
tanta alma...
tanto sonho...
tanto acaso...
a lembrança daquele encontro
essência de momentos
que não ficaram por escrever
que não ficaram por sentir...
porque afinal o mundo é tudo isto
momento a momento...
nesta caminhada de sonhos
em que aprendemos a viver
porque apesar dos medos
apesar das dores...
apesar dos males...
e dos desamores...
o sonho mora ...
eu sei que o sonho mora...
aqui..
7 comentários:
Num momento de fragilidade para mim no qual sem vergonha de dizer as lágrimas me escorrem pelos olhos de cansaço, de dor, de incompreensão, de injustiça...devo dizer que terminei o meu dia com a leitura do teu poema e para mim foi mais um momento a não esquecer nesta soma de encontros e desencontros.
Hoje estou frágil
Já agora um novo tema: fragilidade
Que bom voltar a ler as tuas palavras tão simples mas não verdadeiras e reais...
continua Pedro...às vezes é bom chorar mas nunca desistas de nada ...pensa em mudar se for necessário mas nunca te desvincules de nada...
Penso neste espaço como algo que visito com carinho...o mundo da minha fantasia e da magia das palavras.
beijinho
... que bom saberes que o sonho mora aí....
Vive-o!!!!!!!!!!!
Beijo
Vou propondo sempre temas até ao próximo texto:
"Mulher"
Para ti como observas a mulher?
Será como alguém me disse: "A mulher é a prova que Deus existe, pois foi capaz de criar algo tão belo mas ao mesmo tempo tão complexo".
Uma vez um colega disse-me isso e eu achei tão bonito...falar da mulher como uma criação divinal...
Como vês a mulher?
São lindos os teus poemas Pedro.
Gostei muito de passar por aqui e se não te importas vou colocar um poema teu em meu Blog.
Parabéns e que continues sempre com essa inspiração.
Men@
http://mena937.spaces.live.com/
Hoje a noite agarra-se às sombras da parede, o vento adivinha a tempestade vindoura, da mesma forma lenta e rumorosa que se arrasta em mim.
Os dias já não têm rosto...
Apetece-me vaguear pelas ruas,a roupa cola-se ao corpo molhada da chuva, e o corpo extenuado não responde. A insónia vence o cansaço. Espera-me mais uma infindável noite, onde predomina a solidão.
Hoje, a noite jorra silêncio... Das anteriores irrompia a mesma solidão...
Queria fechar cicatrizes abertas, pois estes olhos estão esmagados devido á imensidão de lágrimas.
Resta-me fechar os olhos e esperar. Esperar que pare de chover. Mas chove tanto que a linha dos montes desaparece, apaga-se...
Os poemas, esses ficam por escrever, porque já nao tenho força para a beleza das palavras...
Cismo com os sonhos desfeitos...e permaneço parada a ver o tempo correr, morrendo por dentro... sobrevivendo simplesmente com o vento...
Isto sou eu...ninguém...
Para ti Pedro, aquele abraço.
Será?
Será que vale a pena...
chorar, sofrer, sentir dor?
Será?
Será que vale a pena...
sentir o coração apertado, angústia e desalento?
Será?
Será que vale a pena...
o refúgio de todos para viver a nossa tristeza?
Sim..vale a pena se regressares mais forte e enriquecido com tudo o que te tinha entristecido. Vale a pena se fizeres de tudo isso um trampolim.
silvia
Não sei do que realmente gosto mais de fazer, escrever, ler, comentar? Acho que é mesmo ler... Mas quando leio, sofro tantas vezes, acho que sinto como se aquilo que leio tivesse sido sentido por mim, e nos olhos aparece uma lágrima com vontade de se soltar...
Beijo
Mimo-te
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