segunda-feira, maio 14, 2007

fazes-me falta sabes

não não é da tua presença fisíca que tenho saudades...
a ausência física é suportável... já não é de hoje e com o tempo deixou de ser notada...
a ausência que me doi nada tem de material... nada tem de contingente...antes tivesse
o que me falta é sentir o calor do teu sorriso nos meus olhos... aquele tremer terno que me percorria o corpo quando pensava em ti...
o que me doi é aquele não sei qué que deixou desocupado o meu coração onde estava protegido há tanto tempo...só por preferir não sei porqué o frio dos dias ao meu aconchego...
o que me doi é de repente pensar que te foste... ainda que sendo e continuando a ser minha amiga... porque não consegui mostrar-te que eras a luz que morava nos meus olhos... mais que isso por não ter conseguido ser a luz que brilhava sobre os teus...

o que me doi mesmo .. é pensar que mesmo com esse vazio deixado pelo não sei qué que se perdeu... mesmo sem ti, amada... circe.. o meu coração não se findou... e eu quer queira quer não queira irei continuar a existir...

10 comentários:

Eme disse...

Mas existir também é bom,Pedro, apesar de tudo. É bem verdade que a ausência física é mais suportável do que a ausência de palavras. O quanto dói esperarmos por uma palavra que não vem, uma e só uma que bastaria para sossegar a alma em dilema..

Sophie disse...

Existem vazios que nunca se irão preencher. Os meus são demasiados profundos. São ecos de dias tão tardios.. São apenas uma sombra do meu sorriso ido...
A dor é não haver mais razões para chorar e no entanto o corpo rasgar-se a cada minuto...
Eu era eu, sabias? Contra tudo, contra todos era eu. E ainda nem sabia o que isso era, só sabia ser, só sabia lutar, desesperada por um momento de paz.
Existem viagens que quando terminas já não importa se chegaste ou não, porque o preço é demasiado alto. Eu fiz muitas. Muitas viagens. Cá dentro. Dentro do meu ser. Conheci pedaços de mim. Encarei-os. Hoje eu já não sou eu. A viagem acabou e eu fiquei moribunda à espera de um amanhã que nunca chega.
E subitamente chegou o vazio.
Nada importa quando o ontem te rouba o amanhã.

Um beijo meu.

rita disse...

se calhar ainda vais a tempo ;) desistir? jamais! beijinho

lisa disse...

Lindo pedro as tuas palavras.
A ausência essa dói, mas uma coisa é certa o tempo esse te ajudará a cicratizar as feridas.
E de uma coisa nunca te esqueças "tudo o que é bom dura o tempo suficiente para que seja inesquecível".

Beijo daqui das minhas noites de lua cheia.

milhafre disse...

Morgaine

sim existir é bom... melhores dias virão

Sophie

es uma luz terna... não temas sonhar. beijo grande

Rita

como dizia um amigo meu as vezes é preciso, perante os perigos e os desafios, ter coragem de voltar as costas e seguir em frente...
todos os sonhos tem um tempo de vida... uns tem de se extinguir para dar lugar a outros.


Lisa

sei disso, cicatrizar as feridas e salvar o possivel... a amizade é algo precioso e no fundo eu sou melhor amigo que namorado . lol.

Sophie disse...

Compreendo o que escreves, porque o sinto tantas vezes de igual forma.
É bom saber que existes, que estás para eu te ler e para te abraçar as palavras com o olhar e com o sonho.

Um beijo enorme.

peter_pina disse...

fez-me lembrar uma frase dum filme do almodovar em k ela diz kk coisa como:

"e foi entao k dei conta que apesar de ter morto o manuel, nao tinha matado o amor k sentia por ele"

p.p.

Anónimo disse...

Os vazios de Alma, que o corpo não acalma...Meu beijo e meu rastoooo____Cõllybry

Anónimo disse...

Obrigado por teres passado no meu blog...

Li e re-li o teu texto...amei!! =D
Talvez por me identificar...e compreender essa dor!

beijo*

Anónimo disse...

Pois é a vida continua,ficou a amizade mas gostei do teu blog, um pouco carregado de poesia e simbologias. Eu como não sou muito dada a poesia e mais a prosa gostei na mesma.
Beijinhos Ana Mamede