Já não sei
O que me leva a ti
Um lençol enrolado
Num sopro de cetim
Voo de um beija flor
Eterno e enamorado
Cambalhotas de poetas
Dadas com as canetas
Num céu de papel.
Já não sei
O que me faz assim
Guardador dos sonhos
que nem sequer vivi
um bêbado adiado
fadista magoado
chorando o seu fado
como um profeta
desde o dia em que te vi
Já não sei
O que me faz sonhar
Ter o mundo defronte
Mas ficar no horizonte
Desse teu rebelde olhar
Querer ser vento e nau
Só porque trago no pensamento
E pensar que conquistaria os oceanos
Se mergulhasse nos teus braços
Já não sei
O que é querer ser mar
Sem trazer lagrimas
no fundo do olhar
mares por acontecer
saudades de ti
vindas de dentro da alma
quando perco a calma
e me sinto a esmorecer
Já não sei
O que é ser luz sem ti
Candeia de sonhos
Vestígios de ti
Perfume da noite
Numa rua deserta
Doce alucinação
Meu amor
Minha prisão
Meu oculto amor
já não sei ...
....amar-te
... querer-te
... chorar-te
... sonhar-te
... viver-te
... cantar-te
... ser teu.
6 comentários:
Um verdadeiro POETA dos nossos tempos!
Beijinho Grande para ti Pedro ,gosto muito dos teus poemas.
Ai...até fizes-te o meu coração pulsar mais rapidamente!
No auge da minha sinceridade ADOREI o teu poema na sua plenitude...amei-o!
Segundo a interpretação por mim elaborada,retrata muitissimo bem o estado de alma de uma paixão platónica...mas sublinho,minha interpertação!
Muitos parabéns!!
:)(volta sempre!)
Um eterno romantico...
Tu, saberás sempre ser o Poeta... o amigo...um doce sonhador.
E agora me pergunto, porquê os poetas estão quase sempre tristes; porquê vagueiam pelas ruas á noite, como pedras rolando pela calçada; Porquê passam tempos infinitos sentados num banco de jardim, onde tudo o que têm sao palavras soltas que saiem da sua alma, e as escrevem sem saber bem porquê...
Adorei o teu poema, fiquei contente por encontrar novamente um poema teu. Nao deixes, nunca, de escrever, os teus poemas conseguem falar num silêncio mudo.
Vim apenas deixar-te um doce beijo Pedro
juanna
sou aprendiz de sonhos, bebo avida nos dedos e recrio-a com festinhas no papel... escrevo a vidaque paira lá fora, os olhares ternos, os sentires, as crenças e descrenças.. toda essa amalgama de sentimentos é que é a poesia...
eu limito-me a traduzi-la e a devolve-la ao mundo.
Maria Araujo
é bom saber que gostaste do poema que ele te disse algo.
quanto à tua interpretação e sem mais rodeios digo-te apenas que acertaste em cheio. beijo amigo
agradeço e devolvo o teu convite... volta sempre... farei o mesmo no teu blog.
Monica
minha terna e doce amiga...
apesar da distancia sinto que estou muito proximo de ti, como e conseguissemos entender o código secreto por trás dos poemas e dos desabafos.
adorei a tua visão de ser poeta..
sobretudo adoro o facto ainda que pela net fazeres parte dos meus dias.
semper fi amiga
Quando comecei a ler, perguntei-me de quem eram tais palavras...tão certas, tão profundas e depois tão louvadas...
Admiro o teu estilo, comovo-me e volto a ler...
Não ha palavras para descrever tanto sentir...
Continua a compor e nunca deixes de sonhar. Dá tréguas ao sofrer mesmo se para tal basta viver.
Grande beijo amigo.
bem... fikei completamente sem palavras ao ler estas...tuas doces palavras sentidas.
o poema tá mt bom mesmo, qq um pode constatar isso.
palavras q dizem mt...o q escreves diz tudo o q tu és.
beijo pedro
"já nao sei" procura saber, e encontra sempre o q ja sabes.
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