Acerca de mim
- milhafre
- Quem sou eu...... as vezes queria ser apenas um escolho atirado aos ventos. outras a minha faceta de louco faz-me querer enveredar por caminhos que desconheço e espanto-me a mim próprio. diria que sou alguém que aspira a ser simples e a quem o corre corre dos dias parece estrangular as vezes deixando as palavras e os sonhos amordaçados na garganta. se um dia me for espero ser lembrado como um bom amigo .
domingo, outubro 08, 2006
Pablo Neruda
O teu Riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda in Os Versos do Capitão
deixo-vos um poema de pablo neruda, que dedico a todos aqueles que sabem o valor do amor.
simplesmente porque a poesia as vezes não pertence a quem a escreve mas sobretudo a quem sente .
boa semana
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1 comentário:
gostei.
é bom ver que as vezes o riso se torna poesia.
que todos tenhamos um sorriso especial nas nossas vidas.
Grande pablo neruda,
obrigado pedro por teres colocado aqui este poema.
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