segunda-feira, novembro 26, 2007

A vida ...



Há um poema de Drummond de Andrade, que mexeu comigo pela simplicidade das palavras e pela infinitude da mensagem, chama-se mãos dadas e quero partilha-lo com vocés.
Decidi acompanha-lo com uma foto linda, que por si só ja dá que pensar



Mãos Dadas

"Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considere a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.

não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.

não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente."



Carlos Drummond de Andrade..



Porque o que importa é viver intensamente,
dadiva por dadiva,
carinho por carinho,
sorriso por sorriso,
luz pela luz..
fugir às prisões do passado ..
e às angustias do futuro..viver o beijo pelo beijo...

acima de tudo...
saborear o momento e ser ...
FELIZ

sexta-feira, novembro 16, 2007

Norman Mailer

Procurava na net... nesta mania que temos em tomar a net muitas vezes portal de busca de informação, coisa que anteriormente faziamos nos livros, mais informações sobre Norman Mailer, escritor norte-americano falecido a 10/11/2007, não tanto para saber mais da sua obra mas porque fiquei curioso por ter ouvido um comentário acerca da sua vertente cívica..
De entre as várias informações que recolhi enconteri a que se se segue a baixo, com o título "Norman Mailer: exemplo do engajamento de intelectuais no fortalecimento da sociedade civil" e publicada a no site a voz do cidadão(http://www.avozdocidadao.com.br/) a 13 de Novembro de 2007.
Porque me pareceu que o texto satisfez em grande parte a minha curiosidade decidi posta-lo aqui, em homenagem ao escritor, ao homem e ao cidadão.

"Sábado passado, dia 10, faleceu em Nova York, um dos maiores intérpretes da cultura americana dos anos 60 para cá. Norman Mailer, jornalista e escritor polêmico, foi decisivo na construção da consciência política da sociedade civil norte-americana na segunda metade do século XX, através de reportagens, biografias, ensaios e romances sempre polêmicos.

Nascido em 1923, Norman Mailer conquistou fama internacional já a partir de 1948, com 25 anos, quando seu livro de estréia Os Nus e os Mortos, baseado em suas próprias experiências vividas na Segunda Guerra Mundial, foi um best seller bastante elogiado pela crítica. O Prêmio Pulitzer de jornalismo foi para Mailer duas vezes: em 1968 com Os Exércitos da Noite e em 1979 com A Canção do Carrasco sobre um condenado à morte, Gary Gillmore.

Foram os ensaios sobre seu país que fizeram de Mailer uma figura relevante na sociedade americana. Em 1955, fundou o jornal alternativo The Village Voice, que acabou sendo um dos difusores da revolução contracultural dos anos seguintes. Mailer sempre foi um intelectual engajado e um intérprete original das convulsões e mudanças da vida americana. Sua “não-ficção criativa”, também conhecida como Novo Jornalismo, chamou atenção para temas e personagens fundamentais para os Estados Unidos da época, como os hippies, os ativistas, os intelectuais e artistas engajados, a esquerda liberal e seu antagonismo com o “complexo militar-industrial” da estatocracia americana.

Em 1973, mais polêmica e um grande sucesso de vendas, com o lançamento de uma biografia de Marilyn Monroe onde Mailer acusava o FBI e a CIA de causaram a morte da atriz por condenarem seu suposto romance com o senador Robert Kennedy.

Norman Mailer chamou para si - como poucos - a responsabilidade que um intelectual tem de discutir, compreender e debater a cultura de seu país. Principalmente na sua face política, que vai determinar o quanto uma sociedade está madura para a plena cidadania, para o exercício do controle social sobre governos e mandatos e para o estabelecimento de um novo pacto para a construção de um país mais justo e digno.

Aos 84 anos, morreu um autor que ajudou a cultura americana e encarar suas contradições e fraquezas. Um exemplo de cidadania para todo o mundo. "

segunda-feira, novembro 12, 2007

Beleza?

"as coisas mais lindas da vida não podem ser vistas nem tocadas mas sim sentidas pelo coração"

Um comentário que deixaram no meu hi5.
Porque me fez pensar

sábado, novembro 03, 2007

Será verdade????

«O amor,admito-o com um suspiro, é muito mais forte que a literatura, porém o amor na literatura é bem mais belo que na própria vida. Ao menos de vez em quando permite iludirmo-nos.»


Elke Heidenreich

Amigo


Porque a Silvia me deu este rebuçado no blog dela e de repente apeteceu-me partilha-lo convosco.


porque a mensagem faz todo sentido sobretudo para alguem como eu que voa ao sopro do vento.


porque adorei a oferta da silvia, que aliás já me tinha dado o prémio visitante que não postei por simplesmente achar que sou demasiado pequeno para tal honra, mas a que faço referencia aqui porque ela vai gostar.


Porque é bom ser vosso amigo

sexta-feira, novembro 02, 2007

PASSAS???

(...)

Passa uma rapariga...
Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e
morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como
se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me".
E essa rapariga só precisa de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.
Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar,
que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que
nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no
momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que
se fotografou (...).

por Miguel Esteves Cardoso


Porque o amor liberta e recria... molda e constroi, edifica e une...
porque amar é bom... quase tão essencial como respirar...

porque amando sonhamos ser aves e não tememos o firmamento.

porque ...mereço....

porque ...mereces...

porque... me apetece.

Luta...
vida fora por aquela rapariga ou rapaz que passou.. naquele segundo em que o sonho foi real e os teus pés perderam o contacto com o firmamento...
aquele instante em que toda a vida valeu a pena, naquele momento em que a presença dela ou dele, ainda que efemera iluminou o teu mundo com o seu sorriso..

luta...
porque se calhar nesses segundos... nesse acaso especial está a raiz de toda a vida...

...mas mesmo que não consigas...
mesmo que não triunfes...
mesmo que não controles o tempo e o sonho, mesmo que não venças o adeus...

não temas ....

existem outros sorrisos, outras fotos,outras raparigas ou rapazes mortinhos por ser encontrados...
mortinhos para sonharem na luz dos teus braços...

até porque como dizia a minha bizavó

"toda a panela tem o seu testo" :-)


BOM FIM DE SEMANA